Após afirmação que o recurso desviado custeou campanha do deputado, colegas defenderam prudência na questão
Embora promotores do Ministério Público (MP) Estadual tenham informado aos deputados que suas investigações apontam a utilização de recursos desviados dos kits sanitários na campanha do deputado Téo Menezes (PSDB), parlamentares defendem cautela para tratar o assunto na Casa. Eles alegam que ainda não foram apresentadas as provas do envolvimento do deputado nas irregularidades. Na sessão de ontem, apenas a deputada Eliane Novais (PSB) cobrou providências rápidas da Mesa Diretora e pediu o afastamento de Téo Menezes.
"A administração pública e o Legislativo estadual estão maculados, e é preciso que tenhamos providências urgentes", argumentou a parlamentar. Ela lembrou que, durante a veiculação das primeiras denúncias sobre os convênios dos banheiros, protocolou ofícios na Casa solicitando o afastamento de Téo Menezes da Mesa Diretora e do secretário de Cidades do Estado, Camilo Santana (PT). Todos foram negados.
"Naquele momento só haviam fortes indícios. Hoje temos provas. A Mesa tem que se posicionar". Eliane Novais disse não ter a pretensão de condenar ninguém, mas alegou que a sociedade exige esclarecimentos. "A situação é muito grave para o Legislativo e a administração pública cearense. Precisamos elucidar os fatos", declarou.
Discordando do pronunciamento da parlamentar, o deputado Perboyre Diógenes chamou Eliane Novais de "mentirosa" e "leviana". Segundo ele, o que foi publicado nos jornais não se configura em provas, alegando que até agora não foi apresentado nada que comprove o envolvimento do deputado Téo Menezes no desvio dos recursos dos kits sanitários.
Difamar
"Não adianta querer difamar esse jovem deputado. Esse brilhante, talentoso e grande parlamentar", declarou Perboyre. A deputada do PSB respondeu, dizendo que não poderia ser chamada de mentirosa quando apenas leu as informações trazidas pelos jornais. "Não aceito esse tipo de acusação", afirmou.
O deputado Heitor Férrer (PDT) disse ao Diário do Nordeste que houve uma apresentação "superficial" do resultado das investigações pelos promotores. Ele afirmou que, no relatório final a ser apresentado, é que serão dadas provas mais concretas sobre o envolvimento do deputado Téo Menezes.
"Eu particularmente teria inibição de pedir o afastamento dele (Téo) porque os indícios precisam se tornar provas e serem expostos de forma oficial. O afastamento, se a Mesa Diretora acata, já dá como verdadeiro. Eu acho mais prudente aguardar o relatório. Aí teremos realmente condições de avaliar essa questão", considerou Heitor.
O líder do Governo na Casa, deputado Antônio Carlos (PT), também defende cautela para tratar o assunto: "Foram relatadas informações parciais, ainda terá o relatório final. E aí a Assembleia virá se pronunciar. A Casa em momento algum se furtou a tomar providências".
O primeiro vice-presidente da Assembleia, deputado Sarto (PSB), disse que não há "razão objetiva" para o afastamento de Téo Menezes da Mesa Diretora, por entender que este não cometeu nenhum ato antiético em relação ao seu mandato. "O que existe é uma vinculação do nome do deputado com ações de seu pai (Teodorico Menezes), que é ex-presidente do TCE. E é isso que a comissão de ética avalia", afirmou.
Na sessão de ontem, a deputada Eliane Novais defendeu a necessidade de dar à sociedade uma satisfação sobre os desvios de recursos das obras para a construção de banheiros no Interior. O deputado Wagner Souza (PR) também cobrou esclarecimentos. "Ao não tomarmos providências, apoiamos a impunidade", alegou o deputado.
Na ocasião, Eliane Novais criticou a rejeição do pedido de CPI de Férrer para apurar o caso e defendeu que a principal missão do presidente eleito do TCE, Valdomiro Távora, deverá ser a de ouvir Teodorico Menezes, diante do envolvimento de sua família nas irregularidades.
Ética
Eliane Novais ainda reclamou da falta de resposta do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa sobre as denúncias que apresentou contra o deputado Téo Menezes em agosto último. Diante da provocação, o relator Sérgio Aguiar (PSB) disse ter entregue seu parecer no dia 31 de agosto. Ele informou que o entendimento foi de que a denúncia apresentada não merecia prosperar por não obedecer a uma série de requisitos formais, salientando que o mérito do assunto sequer chegou a ser avaliado por esse motivo.
Sérgio Aguiar explicou que o documento apresentava apenas fatos da imprensa, sem incluir a data do ocorrido e provas consistentes, como requer o Código de Ética. Conforme o deputado, o único requisito constatado foi a assinatura legível da proponente. Eliane Novais não ficou convencida com as explicações. "Não fiz representação. Fiz uma apresentação de denúncia, e fui respondida em cima de uma representação", declarou.
Embora promotores do Ministério Público (MP) Estadual tenham informado aos deputados que suas investigações apontam a utilização de recursos desviados dos kits sanitários na campanha do deputado Téo Menezes (PSDB), parlamentares defendem cautela para tratar o assunto na Casa. Eles alegam que ainda não foram apresentadas as provas do envolvimento do deputado nas irregularidades. Na sessão de ontem, apenas a deputada Eliane Novais (PSB) cobrou providências rápidas da Mesa Diretora e pediu o afastamento de Téo Menezes.
"A administração pública e o Legislativo estadual estão maculados, e é preciso que tenhamos providências urgentes", argumentou a parlamentar. Ela lembrou que, durante a veiculação das primeiras denúncias sobre os convênios dos banheiros, protocolou ofícios na Casa solicitando o afastamento de Téo Menezes da Mesa Diretora e do secretário de Cidades do Estado, Camilo Santana (PT). Todos foram negados.
"Naquele momento só haviam fortes indícios. Hoje temos provas. A Mesa tem que se posicionar". Eliane Novais disse não ter a pretensão de condenar ninguém, mas alegou que a sociedade exige esclarecimentos. "A situação é muito grave para o Legislativo e a administração pública cearense. Precisamos elucidar os fatos", declarou.
Discordando do pronunciamento da parlamentar, o deputado Perboyre Diógenes chamou Eliane Novais de "mentirosa" e "leviana". Segundo ele, o que foi publicado nos jornais não se configura em provas, alegando que até agora não foi apresentado nada que comprove o envolvimento do deputado Téo Menezes no desvio dos recursos dos kits sanitários.
Difamar
"Não adianta querer difamar esse jovem deputado. Esse brilhante, talentoso e grande parlamentar", declarou Perboyre. A deputada do PSB respondeu, dizendo que não poderia ser chamada de mentirosa quando apenas leu as informações trazidas pelos jornais. "Não aceito esse tipo de acusação", afirmou.
O deputado Heitor Férrer (PDT) disse ao Diário do Nordeste que houve uma apresentação "superficial" do resultado das investigações pelos promotores. Ele afirmou que, no relatório final a ser apresentado, é que serão dadas provas mais concretas sobre o envolvimento do deputado Téo Menezes.
"Eu particularmente teria inibição de pedir o afastamento dele (Téo) porque os indícios precisam se tornar provas e serem expostos de forma oficial. O afastamento, se a Mesa Diretora acata, já dá como verdadeiro. Eu acho mais prudente aguardar o relatório. Aí teremos realmente condições de avaliar essa questão", considerou Heitor.
O líder do Governo na Casa, deputado Antônio Carlos (PT), também defende cautela para tratar o assunto: "Foram relatadas informações parciais, ainda terá o relatório final. E aí a Assembleia virá se pronunciar. A Casa em momento algum se furtou a tomar providências".
O primeiro vice-presidente da Assembleia, deputado Sarto (PSB), disse que não há "razão objetiva" para o afastamento de Téo Menezes da Mesa Diretora, por entender que este não cometeu nenhum ato antiético em relação ao seu mandato. "O que existe é uma vinculação do nome do deputado com ações de seu pai (Teodorico Menezes), que é ex-presidente do TCE. E é isso que a comissão de ética avalia", afirmou.
Na sessão de ontem, a deputada Eliane Novais defendeu a necessidade de dar à sociedade uma satisfação sobre os desvios de recursos das obras para a construção de banheiros no Interior. O deputado Wagner Souza (PR) também cobrou esclarecimentos. "Ao não tomarmos providências, apoiamos a impunidade", alegou o deputado.
Na ocasião, Eliane Novais criticou a rejeição do pedido de CPI de Férrer para apurar o caso e defendeu que a principal missão do presidente eleito do TCE, Valdomiro Távora, deverá ser a de ouvir Teodorico Menezes, diante do envolvimento de sua família nas irregularidades.
Ética
Eliane Novais ainda reclamou da falta de resposta do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa sobre as denúncias que apresentou contra o deputado Téo Menezes em agosto último. Diante da provocação, o relator Sérgio Aguiar (PSB) disse ter entregue seu parecer no dia 31 de agosto. Ele informou que o entendimento foi de que a denúncia apresentada não merecia prosperar por não obedecer a uma série de requisitos formais, salientando que o mérito do assunto sequer chegou a ser avaliado por esse motivo.
Sérgio Aguiar explicou que o documento apresentava apenas fatos da imprensa, sem incluir a data do ocorrido e provas consistentes, como requer o Código de Ética. Conforme o deputado, o único requisito constatado foi a assinatura legível da proponente. Eliane Novais não ficou convencida com as explicações. "Não fiz representação. Fiz uma apresentação de denúncia, e fui respondida em cima de uma representação", declarou.
Fonte:Diário do Nordeste
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