
Esta foi a segunda vez que a defesa de Cachoeira recorreu à Suprema Corte para, sob o argumento de violação do direito à ampla defesa, tentar adiar o depoimento do bicheiro à CPI. Após ter conseguido aval do próprio Celso de Mello para não comparecer à comissão de inquérito na semana passada, a defesa argumentou à Corte que o prazo de oito dias concedido pela CPI para a consulta de documentos na “sala cofre” do colegiado não seria suficiente para analisar, antes do depoimento marcado para esta terça-feira, os mais de 90 mil áudios e 15 mil páginas das investigações da Polícia Federal.
Sem o prazo considerado suficiente pela defesa, os advogados do contraventor, Márcio Thomaz Bastos e Dora Cavalcanti, argumentavam que a CPI estaria violando o direito à ampla defesa, princípio garantido pela Constituição Federal. Na avaliação de Bastos, além de cópias dos documentos das investigações, a defesa precisaria de três semanas, contadas a partir da retirada dos documentos, para que a oitiva do bicheiro pudesse ser agendada.
Na última semana, também sob a alegação de "cerceamento de defesa", os advogados de Cachoeira conseguiram adiar o depoimento que ele daria à CPI. Diante da decisão judicial na época, os próprios parlamentares da comissão aprovaram a reconvocação do bicheiro.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Revista Veja
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