A presidente disse que só se o assunto fosse relativo ao Governo, o ministro teria obrigação de dar explicações
Porto Alegre A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, em Porto Alegre, considerar "estranho" que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, dê explicações sobre sua "vida privada, a vida pessoal passada". O ministro foi apontado por supostas irregularidades em consultorias prestadas entre 2009 e 2010.
Perguntada se o ministro não deveria ir ao Congresso explicar as denúncias, a presidente falou sobre o assunto pela primeira vez: "Se ele achar que deve ir, ele pode ir, se ele achar que não deve ir, ele não vá. Agora, sobre assuntos do governo ele é obrigado a ir".
Ontem, senadores governistas barraram convite para Pimentel ir à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Controle do Senado explicar as denúncias. Reportagens publicadas no início do mês mostraram que Pimentel recebeu R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria.
Em nota, o ministério afirmou que Fernando Pimentel deixou a empresa no fim do ano passado e afirma que todas as informações sobre a consultoria foram repassadas à Comissão de Ética Pública da Presidência.
Senadores da base aliada se pronunciaram contra o convite. A exceção foi o senador Ivo Cassol (PP-RO), que defendeu a presença de Pimentel. "Sou da base, mas ministro que tem medo de vir numa comissão não pode ser ministro. Não tem nada o que esconder. Essa comissão aqui não é um cemitério e não enterra ninguém", disse.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, listou motivos que justificariam a rejeição do requerimento. Ele afirmou que o ministro explicou "de forma convincente" as denúncias e que Pimentel não ocupava cargo público na época.
Para Costa, seria mais pertinente que a Câmara Municipal de Vereadores de Belo Horizonte ouvisse Pimentel para saber se houve, entre as contratantes, empresas que prestavam serviço para a Prefeitura.
O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que as acusações não envolvem "ações do governo federal". Por isso, seria desnecessária a visita dele ao Congresso.
Denúncias
No começo de dezembro, reportagem apontou que Pimentel recebeu R$ 2 milhões com sua empresa P-21 Consultoria e Projetos Ltda., entre 2009 e 2010. Um dos clientes foi a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) para o trabalho de "consultoria econômica e em sustentabilidade".
Dirigentes da federação, que, segundo "O Globo", pagou R$ 1 milhão pelo trabalho, disseram ao jornal desconhecer o trabalho realizado por Pimentel. Outro cliente, a construtora mineira Convap, teria pago R$ 514 mil pela consultoria.
Postada:Gomes Silveira Porto Alegre A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, em Porto Alegre, considerar "estranho" que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, dê explicações sobre sua "vida privada, a vida pessoal passada". O ministro foi apontado por supostas irregularidades em consultorias prestadas entre 2009 e 2010.
Perguntada se o ministro não deveria ir ao Congresso explicar as denúncias, a presidente falou sobre o assunto pela primeira vez: "Se ele achar que deve ir, ele pode ir, se ele achar que não deve ir, ele não vá. Agora, sobre assuntos do governo ele é obrigado a ir".
Ontem, senadores governistas barraram convite para Pimentel ir à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Controle do Senado explicar as denúncias. Reportagens publicadas no início do mês mostraram que Pimentel recebeu R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria.
Em nota, o ministério afirmou que Fernando Pimentel deixou a empresa no fim do ano passado e afirma que todas as informações sobre a consultoria foram repassadas à Comissão de Ética Pública da Presidência.
Senadores da base aliada se pronunciaram contra o convite. A exceção foi o senador Ivo Cassol (PP-RO), que defendeu a presença de Pimentel. "Sou da base, mas ministro que tem medo de vir numa comissão não pode ser ministro. Não tem nada o que esconder. Essa comissão aqui não é um cemitério e não enterra ninguém", disse.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, listou motivos que justificariam a rejeição do requerimento. Ele afirmou que o ministro explicou "de forma convincente" as denúncias e que Pimentel não ocupava cargo público na época.
Para Costa, seria mais pertinente que a Câmara Municipal de Vereadores de Belo Horizonte ouvisse Pimentel para saber se houve, entre as contratantes, empresas que prestavam serviço para a Prefeitura.
O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que as acusações não envolvem "ações do governo federal". Por isso, seria desnecessária a visita dele ao Congresso.
Denúncias
No começo de dezembro, reportagem apontou que Pimentel recebeu R$ 2 milhões com sua empresa P-21 Consultoria e Projetos Ltda., entre 2009 e 2010. Um dos clientes foi a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) para o trabalho de "consultoria econômica e em sustentabilidade".
Dirigentes da federação, que, segundo "O Globo", pagou R$ 1 milhão pelo trabalho, disseram ao jornal desconhecer o trabalho realizado por Pimentel. Outro cliente, a construtora mineira Convap, teria pago R$ 514 mil pela consultoria.
Fonte:Diário do Nordeste
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