
Policiais permaneceram em greve por 5 dias (Foto: Associação Associação dos Cabos e Soldados do Ceará)
O termo de acordo assinado por representantes do Governo do Estado e o comando de greve dos policiais e bombeiros militares, assinado na madrugada desta quarta-feira (4), contemplava 50% das reivindicações feitas pela categoria. Das três, entre seis exigências feitas, estão:
- O pagamento de R$ 920,18 de gratificação a todos os policiais, visto que o benefício era repassado apenas aos militares que trabalhavam de madrugada;
- A diminuição da carga horária dos policiais de 44 para 40 horas semanais;
- Anistia ampla para os participantes da greve e não instauração de processo administrativo aos envolvidos no movimento desde novembro de 2011.
- A diminuição da carga horária dos policiais de 44 para 40 horas semanais;
- Anistia ampla para os participantes da greve e não instauração de processo administrativo aos envolvidos no movimento desde novembro de 2011.
A negociação das três últimas propostas dos militares será avaliada em reunião marcada para os próximos 30 dias reunindo os representantes das categorias envolvidas na greve, quatro representantes do Governo Estadual, do Ministério Público e da Defensoria Pública, estes últimos acompanhados de mediadores.
A partir deste ponto, as negociações devem ser conduzidas em um prazo máximo de 90 dias. Os pontos a serem discutidos são:
- Reajuste no valor do vale-refeição de R$ 6 para R$ 10;
- Destituição do código disciplinar militar e criação de um código de ética;
- Regularização de promoções.
- Destituição do código disciplinar militar e criação de um código de ética;
- Regularização de promoções.
Movimentos pelo Brasil
Apesar da ilegalidade de greve para militares, diversos Estados brasileiros sofreram com protestos e paralisações de policiais e bombeiros em 2011. Em junho, os bombeiros do Rio de Janeiro realizaram um movimento similar ao visto no Ceará nos últimos dias.
Cerca de 2 mil homens, acompanhados de mulheres e crianças, ocuparam o Quartel Central da corporação por 14 dias. Eles pediam a negociação do reajuste salarial, auxílio-transporte, melhores condições de trabalho e, em seguida, anistia aos envolvidos no movimento. O aumento nos salários e a anistia foram as principais conquistas da categoria.
Cerca de 2 mil homens, acompanhados de mulheres e crianças, ocuparam o Quartel Central da corporação por 14 dias. Eles pediam a negociação do reajuste salarial, auxílio-transporte, melhores condições de trabalho e, em seguida, anistia aos envolvidos no movimento. O aumento nos salários e a anistia foram as principais conquistas da categoria.
Também em junho, os policiais e bombeiros militares de Minas Gerais permaneceram em estado de greve, com apenas 30% do efetivo trabalhando, por aproximadamente um mês. Eles aceitaram a proposta de reajuste de 69% parcelado até 2015.
No mês de agosto, os PMs do Piauí paralisaram as atividades em todo o Estado. Eles pediam que seus salários fossem equiparados aos dos policiais civis, em R$ 2,5 mil. Nesta ocasião, o Governo solicitou a presença da Força Nacional de Segurança para fazer o policiamento no território. Depois de sete dias parados, a categoria aceitou reajuste de 117% para soldados de 104% para cabos em até quatro anos.
O movimento que antecedeu a paralisação no Ceará aconteceu no Maranhão. No final do mês de novembro, os policiais militares decretaram greve e acamparam por nove dias em frente a Assembleia Legislativa, em São Luís. Os manifestantes conseguiram progressão do salário para R$ 2.564 em 2014, anistia dos participantes do movimento, criação de comissão para acompanhar projetos de interesses de militares, elaboração de um código de ética, carga horária de 40 horas semanais e criação de lei de promoções.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Ceará Agora
Nenhum comentário:
Postar um comentário