O ministro disse que além do seu filho, deputado Fernando Coelho, outros 54 deputados tiveram 100% de suas emendas empenhadas
O ministro admitiu que dos recursos pagos por sua pasta, 90% foram para Pernambuco, cerca de R$ 98 milhões
Brasília O ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) disse ontem que as denúncias de irregularidades em sua gestão e as acusações de nepotismo têm o objetivo de “atacar” o PSB.
“Sei relevar os ataques, sei aceitar as críticas, isso faz parte da democracia, mas é preciso também não atacar e não denegrir a imagem das pessoas”. E completou: “Tenho paixão pelo que faço e, às vezes, você se depara com adversários que tentam atacar a honra e a honestidade”.
Em um discurso de mais de meia hora, o ministro se esforçou para dividir a responsabilidade sobre a distribuição dos recursos de prevenção de desastres com outros ministérios e com o Palácio do Planalto.
Apresentando números globais, ele tentou negar que tenha privilegiado Pernambuco. Sobre as acusações de nepotismo na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paraíba (Codevasf), que teve seu irmão na direção da empresa interinamente por quase um ano, disse que pessoalmente nunca fez indicações.
Ele ressaltou que, em 30 anos de vida pública, não há nenhuma condenação contra ele em qualquer instância do Judiciário. O ministro disse ainda que não deixou questionamento sem resposta.
Após a fala inicial para a comissão representativa do Congresso, o ministro foi aplaudido. Mesmo com recesso parlamentar, a base governista acompanha em peso as explicações. Disposto a evitar um desgaste com o PSB, partido de Bezerra, o Planalto orientou os governistas a blindarem o ministro.
Segundo Bezerra, o sistema de prevenção de enchentes teve em 2011 R$ 2,2 bilhões empenhados (promessa de pagamento), sendo que 56% foi para o Sudeste, 24% para Nordeste, 11% para Sul, 5% para o Norte e 4% para Centro-Oeste. Na divisão estadual, São Paulo recebeu 26%, Rio de Janeiro 18%, Minas Gerais 11% e Pernambuco 9%.
O ministro admitiu que dos recursos pagos por sua pasta 90% foram para Pernambuco, cerca de R$ 98 milhões - sendo que isso representa 45% do empenhado.
Preconceito
Ao se defender de que teria privilegiado o filho, deputado Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), na liberação de emendas, sustentou que 54 deputados tiveram 100% dos valores empenhados. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que o ministro está sendo “vítima por ser nordestino”. Para Costa, se São Paulo tivesse concentrado a verba, não haveria polêmica.
Brasília O ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) disse ontem que as denúncias de irregularidades em sua gestão e as acusações de nepotismo têm o objetivo de “atacar” o PSB.
“Sei relevar os ataques, sei aceitar as críticas, isso faz parte da democracia, mas é preciso também não atacar e não denegrir a imagem das pessoas”. E completou: “Tenho paixão pelo que faço e, às vezes, você se depara com adversários que tentam atacar a honra e a honestidade”.
Em um discurso de mais de meia hora, o ministro se esforçou para dividir a responsabilidade sobre a distribuição dos recursos de prevenção de desastres com outros ministérios e com o Palácio do Planalto.
Apresentando números globais, ele tentou negar que tenha privilegiado Pernambuco. Sobre as acusações de nepotismo na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paraíba (Codevasf), que teve seu irmão na direção da empresa interinamente por quase um ano, disse que pessoalmente nunca fez indicações.
Ele ressaltou que, em 30 anos de vida pública, não há nenhuma condenação contra ele em qualquer instância do Judiciário. O ministro disse ainda que não deixou questionamento sem resposta.
Após a fala inicial para a comissão representativa do Congresso, o ministro foi aplaudido. Mesmo com recesso parlamentar, a base governista acompanha em peso as explicações. Disposto a evitar um desgaste com o PSB, partido de Bezerra, o Planalto orientou os governistas a blindarem o ministro.
Segundo Bezerra, o sistema de prevenção de enchentes teve em 2011 R$ 2,2 bilhões empenhados (promessa de pagamento), sendo que 56% foi para o Sudeste, 24% para Nordeste, 11% para Sul, 5% para o Norte e 4% para Centro-Oeste. Na divisão estadual, São Paulo recebeu 26%, Rio de Janeiro 18%, Minas Gerais 11% e Pernambuco 9%.
O ministro admitiu que dos recursos pagos por sua pasta 90% foram para Pernambuco, cerca de R$ 98 milhões - sendo que isso representa 45% do empenhado.
Preconceito
Ao se defender de que teria privilegiado o filho, deputado Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), na liberação de emendas, sustentou que 54 deputados tiveram 100% dos valores empenhados. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que o ministro está sendo “vítima por ser nordestino”. Para Costa, se São Paulo tivesse concentrado a verba, não haveria polêmica.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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