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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

REINTEGRAÇÃO DE POSSE - Governo federal condena ação

Incêndios a carros, ônibus, caminhão, biblioteca, padaria e creche foram registrados durante os confrontos entre policiais e moradores durante o processo de desocupação da área determinado pela Justiça paulista
Operação da PM paulista na área do Pinheirinho, em São José dos Campos, é criticada por ministro

São José dos Campos. O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse ontem que a Policia Militar transformou em "praça de guerra" a ação de reintegração de posse da área do Pinheirinho, em São José dos Campos (a 97 km de São Paulo).

Carvalho disse que o uso da força não conta com o aval do governo federal e que esperava mais diálogo. Ele criticou ainda o tratamento dado ao secretário Nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, que acompanhava as negociações no local e foi atingido na perna por uma bala de borracha.

Segundo Carvalho, o Ministério das Cidades deve participar do esforço para realojar os moradores da invasão. "Eu não quero fazer uma crítica ao governo de São Paulo, com todo respeito à autonomia. Agora, eu só posso dizer que esse não é um método nosso, do governo federal".

Durante a manhã, moradores entraram em confronto com a PM e a Guarda Civil Municipal. Balas de borracha foram disparadas contra manifestantes que jogaram pedras. Ao todo, a PM deteve 18 pessoas até o início da noite de ontem na região. Com isso, chegou a 34 o número de detidos desde o início da reintegração de posse.

Entre os detidos, dez tinham invadido uma casa e tomado como refém um casal de idosos. Ontem à tarde, um caminhão, um ônibus e uma biblioteca foram incendiados na área, enquanto moradores retiravam pertences na região da favela. Durante o confronto, pelo menos, dez veículos foram queimados, incluindo um carro de reportagem da "TV Vanguarda", afiliada da "TV Globo". Outros incêndios atingiram ainda, ao menos, uma creche e uma padaria.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que serão avaliados possíveis abusos cometidos pela PM. "A operação foi acompanhada por um juiz de direito, filmada e documentada. Mas a polícia tem de cumprir ordem judicial", ponderou.

Já a Associação Democrática por Moradia e Direitos Sociais de São José dos Campos entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspensão imediata da desocupação.

MORADORES

6 mil pessoas, aproximadamente, viviam no Pinheirinho. O local é alvo de uma disputa entre os invasores e a massa falida de uma empresa, proprietária da área

Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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