Os senadores Eunício Oliveira, Inácio Arruda e José Pimentel ainda não cumpriram todos os seus compromissos
Tem sido comum, em parte do noticiário político local, quando relacionado à sucessão municipal deste ano, citação de nomes como o do ex-deputado federal Moroni Torgan (DEM, antigo PFL), dos senadores Eunício Oliveira (PMDB), José Pimentel (PT) e Inácio Arruda (PCdoB), como prováveis candidatos à Prefeitura de Fortaleza. Todos eles, é verdade, respeitados pelos cearenses, tanto que eleitos para representarem o Ceará, em diversas oportunidades, nas duas Casas do Congresso Nacional. Moroni ainda chegou a ser vice-governador do Estado, em um dos governos de Tasso Jereissati (PSDB).
Tem sido comum, em parte do noticiário político local, quando relacionado à sucessão municipal deste ano, citação de nomes como o do ex-deputado federal Moroni Torgan (DEM, antigo PFL), dos senadores Eunício Oliveira (PMDB), José Pimentel (PT) e Inácio Arruda (PCdoB), como prováveis candidatos à Prefeitura de Fortaleza. Todos eles, é verdade, respeitados pelos cearenses, tanto que eleitos para representarem o Ceará, em diversas oportunidades, nas duas Casas do Congresso Nacional. Moroni ainda chegou a ser vice-governador do Estado, em um dos governos de Tasso Jereissati (PSDB).
Os senadores Eunício e José Pimentel, não faz muito tempo, estavam pedindo votos ao eleitorado cearense, com o compromisso de bem representarem o Estado, do início de 2011 a janeiro de 2019, isto é, um mandato de oito anos. Além dos seus próprios discursos, anunciando as plataformas, com ênfase o necessário apoio à presidente Dilma, para sequenciar o governo do então presidente Lula, o governador Cid Gomes (PSB) e a prefeita Luizianne Lins (PT) também estiveram nos palanques avalizando as duas candidaturas ao fim vitoriosas.
Consciência
Esses dois senadores, pela trajetória de vida pessoal e pública de todos conhecidas, não fossem as promessas feitas nas eleições de 2010, seriam bons nomes para compor a lista, hoje tão pobre de pretensos candidatos a gerir a administração da Capital. E parece que eles têm consciência dessa realidade, pois até agora, nenhum admitiu sequer ser candidato, apesar dos discursos de alguns dos correligionários desrespeitosos ao eleitorado, insistindo em apontá-los como prováveis representantes dos seus partidos no pleito municipal.
O senador Inácio Arruda também tem compromissos de representar o Ceará, no Senado, até janeiro de 2015. A rigor, para ser coerente com o seu discurso, não deveria estar sendo apresentado pelo seu partido como um dos candidatos. Alegar ter cumprido mais da metade do mandato de oito anos não o liberta, de todo, das obrigações assumidas, também, com os fortalezenses, nas eleições de 2006.
O PCdoB, como de resto o PMDB e o PT, em Fortaleza, por certo têm nos seus quadros, outros filiados capazes de lhes representarem na disputa municipal e devem apresentá-los não só para evitar constrangimento aos nossos senadores, mas também para respeitar os eleitores e mostrar que os seus partidos não estão falidos.
Legalmente, nenhum dos atuais detentores de mandato, à exceção da própria prefeita que não pode ser reeleita. Moralmente, sim, todos têm impedimento, pois ainda não cumpriram com os compromissos assumidos com os cearenses, o que poderão fazê-lo até o fim de seus respectivos mandatos.
Derrotas
Moroni já foi recompensado pelo serviço público aqui prestado. O cearense não apenas o adotou como fez dele um dos seus representantes na Câmara dos Deputados e vice-governador do Estado. Hoje, em Portugal, onde mora, está bem distante da nossa realidade e pouco trata de política com os cearenses que o encontram nas terras lusitanas.
Não o incomoda estar sendo citado como um dos pretendentes ao cargo de prefeito, mas pouco lhe motiva a retornar ao Ceará para disputar mais uma vez a Prefeitura, talvez pelas boas condições de vida que experimenta lá aliadas ao fato de ainda lembrar as derrotas que lhes foram impostas, inclusive a de 2008, em que Luizianne ganhou no primeiro turno da disputa.
Nomes
É tempo de as nossas agremiações partidárias assumirem, com a responsabilidade que o ambiente democrático exige, o existir de cada uma delas. Inconcebível uma realidade como a sentida hoje, em Fortaleza, quando se debate indicações de nomes para disputar o mais importante cargo político municipal.
Não se trata aqui de sugerir escola de formação de candidatos, mas de reclamar da falta de mobilização dos partidos para animar seus filiados e possibilitar o surgimento de lideranças capazes de, em um momento como o de disputa, ter quadros capazes de bem representá-los.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Matéria extraida do Diário do Nordeste
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