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sábado, 7 de abril de 2012

Cinco escapam - Inquérito vai apurar fuga na DHPP


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O prédio onde está instalada a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é monitorado por câmeras e tem moderna estrutura. Mesmo assim, os cinco detentos conseguiram escapar da carceragem, que fica no térreo 
 
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Delegado Jairo Pequeno, do Departamento de Polícia Especializada (DPE), deu início às investigações, determinando a abertura de inquérito 
 
Os presos serraram várias grades e fugiram durante a madrugada de ontem. Outros cinco ficaram nos xadrezes

A Delegacia Geral da Polícia Civil, através do Departamento de Polícia Especializada (DPE), instaurou inquérito para investigar a fuga de cinco presos que estavam custodiados na carceragem da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), situada na Avenida Aguanambi, no Bairro de Fátima, nesta Capital.

O fato ocorreu por volta de 2 horas de ontem, depois que os detentos serraram várias grades e pularam o muro dos fundos, próximo ao viaduto da Avenida 13 de Maio. Eles fugiram à pé, muito embora a Polícia tenha recebido uma informação, não confirmada, de que um carro estaria parado nas proximidades dali à espera dos foragidos.

Apurar

Em entrevista ao Diário do Nordeste no começo da noite de ontem, por telefone, o diretor do DPE, delegado Jairo Pequeno, informou que vários depoimentos foram tomados ainda na madrugada de sexta-feira e que o inquérito em torno do caso não ficará na DHPP.

"Precisamos saber como as serras entraram no prédio. Tudo será apurado com rigor e transparência", informou Pequeno.

A lista dos foragidos é a seguinte, Erivelton Holanda de Oliveira Dantas, o ´Babi´; Ricardo Nogueira de Souza, o ´Cacá´; Bruno Rodrigues da Silva, Lucas Rocha de Abreu, o ´Mosquito´; e Francisco Marcelo de Souza.

Segundo a Polícia, todos são acusados de assassinatos e estavam naquela Especializada enquanto eram investigados pelos seus crimes. "Há também a questão da superlotação nos presídios, que inviabiliza as transferências para o Sistema Penal", afirma Jairo Pequeno. Segundo ele, somente na carceragem da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro, estão alojados cerca de 90 presos aguardando o surgimento de vagas nas cadeias públicas, presídios os Casas de Custódia (CPPLs).

Grades

Chamou a atenção do diretor do DPE a forma como os presos escaparam do prédio, já que eles tiveram que serrar várias grades antes de chegar aos fundos do prédio. Um vigia de rua teria visto os presos correndo em direção ao viaduto e alertou a Polícia. Logo, várias viaturas do Batalhão de Polícia de Choque (BpChoque) e do Ronda do Quarteirão compareceram ao local. Ainda durante a madrugada, Jairo Pequeno comunicou o fato ao delegado-geral, Luiz Carlos Dantas, e determinou que os policiais do BpChoque fizessem uma revista em toda a carceragem.

Foram recolhidos, por ocasião da varredura nos xadrezes, vários objetos, mas, segundo o diretor do DPE, não foram encontradas as celas usadas para romper as grades nem também telefones celulares.

Jairo pequeno explica que os presos recebem visitas de familiares e também de seus advogados. Muitas vezes, também entram na carceragem enfermeiros ou socorristas do Samu para realizarem atendimentos nos presos que ficam doentes.

Na hora em que ocorreu a fuga, o plantão na DHPP estava sob o comando do delegado Fábio Torres. Havia também inspetores, escrivães, funcionários terceirizados e vigilantes de uma empresa de segurança privada. Todos serão ouvidos.






Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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