Juiz extingue ação contra pastor Malafaia e deixa claro: ele não foi homofóbico, e a Constituição brasileira não comporta a censura sob nenhum pretexto.
Em seu programa “Vitória em Cristo” o pastor Malafaia havia criticado duramente a parada gay por ter levado à avenida modelos caracterizados como santos católicos em situações homoeróticas. Ao defender que a Igreja Católica recorresse à Justiça contra o deboche, Malafaia afirmou o seguinte: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha!”
A ação foi movida pela ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, através do Ministério Público Federal - MPF, sob a idéia de que o Pastor Malafaia estaria incitando a violência física contra os homossexuais.
Na ação, o MPF afirmava que os telespectadores de Malafaia poderiam se sentir encorajados a sair por aí agredindo gays. O MPF pedia que o pastor e a emissora fizessem uma retratação e que a União passasse a fiscalizar o programa.
Em sua decisão o juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível de São Paulo lembrou que "sua majestade o telespectador" tem nas mãos o poder de mudar de canal: não é obrigado a ver na TV aquilo que repudia. Para o juiz, que citou inclusive o direito à liberdade escrito na constituição federal, o que o movimento gay queria era aplicar censura ao Pastor.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Folha de Paranaiba
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