
Costume em países europeus, uma liga de clubes foi cogitada por presidentes de times e federações brasileiras após a posse do presidente José Maria Marin na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A medida faria com que a entidade máxima do futebol do País cuidasse exclusivamente de assuntos relacionados à Seleção Brasileira e deixaria a organização de campeonatos nacionais com os mandatários das agremiações.
Marin defende que sempre atendeu às reivindicações de todos os clubes Foto: Agência Câmara
A chamada Liga do Brasil atraiu o interesse de uma série de dirigentes do País, mas não agradou nem um pouco o presidente da CBF. José Maria Marin foi enfático ao dizer que a entidade não abrirá mão de gerenciar todos os assuntos relacionados ao esporte e disparou contra os idealizadores do projeto. Para o dirigente, todos aqueles que defendem a sua criação estão interessados exclusivamente em ocupar cargos de destaque no futebol nacional.
"Esqueçam essa Liga do Brasil. Quando se fala em criação de Liga, você pode ter as melhores intenções, mas todo mundo que fala quer ser presidente. Eu não vi ninguém querendo realizar esse sonho para o bem do futebol brasileiro. Sempre haverá discussão, mas não é ser sonhador, não, o interessado sempre quer ser o presidente", bradou Marin, em entrevista ao programa "Bem, Amigos", do canal Sportv.
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O presidente da CBF também aproveitou para responder às reivindicações de clubes brasileiros e declarou que todos os times possuem espaço para conversar abertamente com a entidade. Marin fez questão de mostrar que a sua gestão dará total liberdade aos mandatários de federações e equipes nacionais, eliminando assim a necessidade de ser criada uma Liga que atenderia aos interesses apenas dos clubes. "A criação dessa Liga poderia ser defendida se não houvesse diálogo com o presidente da entidade, mas a CBF está de portas abertas. Eu abri todas as portas assim que cheguei. Nenhum presidente de federação espera mais de três minutos para entrar nas dependências da CBF.
"Eu estou lá não só para servir clubes da Série A, mas também das Séries B, C e D. Somos todos iguais", finalizou o dirigente, num discurso que, na prática, foi contrariado ontem pelos seus subordinados na sede da CBF.
Ao se dirigirem para o prédio da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), dirigentes dos 20 clubes da Série C do Campeonato Brasileiro ficaram esperando por horas até finalmente ser atendidos. Eles procuravam a CBF para tentar forçar uma definição da entidade sobre a realização das duas competições, que sequer tiveram início e se encontram paralisadas pela Justiça.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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