v

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dilma quer demitir Elias Fernandes, mas encontra resistência no PMDB


Henrique Alves está furioso com a decisão do Planalto de substituir o chefe do Dnocs. 
 
O Palácio do Planalto comunicou ontem ao PMDB a decisão de demitir o diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Elias Fernandes, acusado de favorecer seu estado, o Rio Grande do Norte, com verbas públicas, além de responsabilidade em outras irregularidades verificadas no órgão.
Elias é afilhado político do líder do PMDB na Câmara Federal, o deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Para evitar uma crise com a bancada do partido, o vice-presidente Michel Temer foi encarregado de conduzir o processo de substituição no comando do Dnocs. Mas Henrique Alves não quer acordo. O líder não aceita a demissão do diretor-geral, embora esse já esteja com seus poderes esvaziados.


De manhã, o Palácio avaliou que a permanência de EliasFernandes, que já estava na mira da limpeza anunciada nos órgãos do Ministério da Integração Nacional, ficou com insustentável após a divulgação, em reportagem ontem do GLOBO, da constatação de irregularidades de R$ 312 milhões na autarquia, além de direcionamento de verbas de Defesa Civil para o Rio Grande do Norte. As irregularidades foram detectadas em auditoria da Controladoria Geral da União (CGU). 

Henrique Alves, antes de embarcar de Natal rumo a Brasília, demonstrou forte contrariedade com a decisão do Planalto de substituir Elias Fernandes. “Vão tirar o Elias por quê? Eu não vou nem discutir isso. Esse relatório da CGU não é uma posição final. A Controladoria é um órgão opinativo. Já tem uma resposta encaminhada pelo ministro Fernando Bezerra com os esclarecimentos... Não era para nem mesmo o Gradvohl ter saído. Agora, o Elias tem que sair por causa disso? É um absurdo!”.

O ministro da Integração, Fernando Bezerra, ainda tentará um acordo com líderes e dirigentes do PMDB, que indicaram, na gestão de Geddel Vieira Lima, vários dos diretores que poderão ser demitidos. “Vou conversar com Temer e Henrique Alves para mostrar que não se trata de um julgamento das ações de EliasFernandes. Vamos respeitar os espaços dos partidos, mas a ordem é renovar os quadros” disse o ministro, que também favoreceu seu estado (Pernambuco) na distribuição de verbas.

Postada:Gomes Silveira

Fonte:Ceará Agora

Nenhum comentário:

Postar um comentário