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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Eleições 2012 - PT focará em prefeituras maiores


Municípios com mais de 150 mil eleitores serão prioridade, mesmo que para isso o partido faça acordos com o PSD
Brasília Uma das principais decisões do encontro de 32 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, ontem, foi priorizar as candidaturas da legenda em municípios com mais de 150 mil eleitores. O PT quer, com as eleições, aprofundar sua participação nas médias e grandes cidades brasileiras e também capitais, mesmo que, para alcançar o objetivo, o partido tenha que fazer acordos políticos com o PSD, de Gilberto Kassab.

“A orientação é fazermos a cabeça de chapa nessas cidades”, afirmou o secretário de Relações Institucionais do partido, Geraldo Magela. Em princípio, o PT buscará o maior leque de alianças para cumprir esse objetivo.


Dentre as capitais, o PT está de olho, além de manter as atuais, em conquistar Porto Alegre, Salvador e São Paulo. O partido também trabalha para aumentar sua presença no interior em Estados em que, estrategicamente, compense renunciar a uma candidatura na capital.

Um caso ilustrativo é Belo Horizonte. Lá o partido deve apoiar a reeleição do socialista Márcio Lacerda, mas espera contar com apoio para, por exemplo, fazer do deputado federal Gilmar Machado, atual vice-líder do governo no Congresso, prefeito de Uberlândia, cidade do triângulo mineiro e segundo maior colégio eleitorado de Minas Gerais.

“Vamos ter que compor as alianças em cima do programa dos partidos”, avisou Eduardo Pereira, prefeito de Várzea Grande (SP) e um dos coordenadores das prefeituras petistas no estado. Pereira disse que não recusa sequer a aliança com o PSD, de Gilberto Kassab. Desde que, frisou, o novo partido se sujeite ao projeto do PT.

Kassab vaiado
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do PSD, foi vaiado na festa de 32 anos do PT. Kassab foi convidado para participar da comemoração pela direção do partido. Enquanto o prefeito foi vaiado, o ex-ministro José Dirceu foi ovacionado pela plateia de petistas.

Os militantes do partido mostraram-se estupefatos com a presença de Kassab. A presidente Dilma Rousseff foi muito aplaudida. Também participaram do encontro 18 ministros do governo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu por conta do tratamento contra um câncer na laringe e foi desaconselhado por médicos. Em carta lida no evento, o ex-presidente disse que está na reta final do tratamento. Impedido de participar por causa do tratamento, ele disse que “precisa manter a rigorosa disciplina para que volte a mais rápida militância social e política que tanto nos apaixona e mobiliza”.

Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, todos os partidos da base aliada receberam convite para participar da cerimônia de 32 anos da sigla. Além de Kassab, também estava presente o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.

“É importante que não sucumbamos à tentação de fazer alianças fáceis que quebrem a nitidez do nosso compromisso. Temos que manter o fio condutor da diretriz do nosso projeto”, disse Falcão.

Sucessão
Kassab ensaia aproximação com o PT, que fez oposição ao seu governo nos últimos sete anos, para a sucessão municipal deste ano. Lula tem sido o articulador do entendimento, que coloca o ex-ministro da Educação Fernando Haddad como candidato a prefeito pelo PT ao lado de um vice indicado por Kassab. A movimentação divide o partido e ameaça afastar da campanha a senadora Marta Suplicy.

Em meio à polêmica sobre a aproximação entre PT e PSD, em São Paulo, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) defendeu o arco de aliança petista. “Temos que ter muito orgulho do que nós estamos tendo capacidade de fazer no Brasil, em cada um dos governos, dos Estados. E não é só o PT. Temos a capacidade de construir aliança política que nos permitiu construir mudanças e transformações”.


Postada - Gomes Silveira
Fonte:Matéria Extraida do Portal Diário do Nordeste

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