
Como mostra reportagem do Estadão, a sigla elaborou a versão preliminar de uma resolução política segundo a qual “não é verdade que acabou a disputa ideológica sobre as privatizações”. Para o partido, nas privatizações “as empresas eram torradas na bacia das almas a preço de compadre” e agora “os ganhos para o poder público são enormes e aplicados no desenvolvimento do País.” Argumentação semelhante está em cartilha que, de acordo com o Estadão, detalha o modelo petista de concessão.
De acordo com o conceito dos petistas, “a privatização vende os bens da empresa estatal, o patrimônio público, e transfere a exploração da atividade econômica dessa estatal para o capital privado”. “A privatização nada mais é do que transferir para o setor privado a titularidade e gestão de empresas que até então pertenciam ao Estado”, afirma o texto. Já a concessão, segundo a cartilha dos petistas, “prevê que os bens e serviços a serem explorados serão devolvidos ao Estado ao final do contrato – ou a qualquer momento, se o governo julgar a retomada da exploração dos serviços como de interesse público”. Além “dessa enorme diferença entre um e outro”, afirma a cartilha, “o governo do PT manteve a Infraero, uma empresa do governo federal que terá 49% do capital no controle das empresas que vão explorar os serviços nos três aeroportos”. |
Após a concessão dos aeroportos, diversos políticos do PSDB passaram a atacar o PT. O senador Álvaro Dias (PR) chegou a falar em “estelionato eleitoral” do PT, uma vez que o Partido dos Trabalhadores conseguiu muitos votos em eleições recentes ao criticar duramente o PSDB pelas privatizações realizadas durante o governo FHC, um ataque que, em grande medida, foi feito sem uma resposta eficiente dos tucanos, um problema reconhecido pelo próprio partido hoje em dia.
Postada - Gomes Silveira
Fonte:Matéria Extraida da Revista Época
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