Governador do Ceará, Cid Gomes, se reuniu nesta terça com o MST.
Governo prometeu liberação de recursos para projeto de combate à seca.
A comissão do do Movimentos do Sem Terra do Ceará disseram ser "proveitosa" a reunião com o governo do estado realizada na tarde desta terça-feira (17). Durante o encontro, o governador do Ceará, Cid Gomes, se comprometeu a atender as reivindicações exigidas por membros do MST que ocupavam o Palácio da Abolição, sede do governo executivo estadual, desde a manhã de segunda-feira (16).
De acordo com o governo do estado, será liberado o valor de R$ 5,2 milhões para projetos de pequenas irrigações e um aporte de R$ 16 milhões para o projeto São José III. O São José III tem o objetivo de incentivar a fruticultura e venda de produtos agrícolas, além criação de reservas hídricas para o combate à seca no estado.
Além das verbas, o governo do estado afirmou que vai complementar com o valor de R$ 6 mil a assistência a 300 famílias de Crateús que recebem benefícios do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Outra conquista do MST é a mudança de status de quatro áreas ocupadas por agricultores de acampamento para assentamento. Como assentamento, os moradores das áreas terão direitos a serviços do governo como saneamento e energia elétrica.
Seca
Durante a reunião, os agricultores citaram também as chuvas irregulares que comprometeram as safras neste ano. Segundo a Fundação de Meteorologia do Ceará (Funceme), houve queda de 50% no volume de chuva do estado em relação à média histórica. O governador do Ceará disse que viabilizará com os demais governadores de estados do Nordeste uma reunião nos Ministério da Integração Nacional e do Desenvolvimento Agrário ações para atenuar os efeitos da estiagem prolongada.
"Até o fim deste ano, vamos iniciar as obras do Cinturão das Águas. É um projeto de vários anos e que garantirá água para 99% da população do Ceará. O nosso objetivo e tornar possível a convivência com o período de estiagem", afirmou Cid Gomes. Ele também destacou que o estado está concluindo a entrega de 49 mil cisternas de placa e que mais 33 mil delas serão construídas até o fim deste ano, e ainda 1.000 kits de irrigação, 1.500 sistemas de abastecimento de água e perfuração de 36 poços em assentamentos rurais.
Massacre de Eldorado dos Carajás
Além da reivindicação de projetos contra a seca, a ocupação do Palácio da Abolição no Ceará é um protesto em memório ao massacre de Eldorado dos Carajás. O MST promete realizar cerca de 20 ocupações de terra em todo o Estado neste mês, o Abril Vermelho, em memória de 21 sem-terra assassinados em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996, que foi transformado em Dia Nacional de Luta pela reforma Agrária.
O movimento diz que 16 anos depois do massacre que teve repercussão internacional ninguém foi preso, não foi realizada reforma agrária e os militantes e sem-terra ligados ao movimento continuam sendo alvo de violência. Para o MST, o primeiro ano do governo Dilma Rousseff foi o pior dos últimos 16 anos em termos de criação de assentamentos.
De acordo com o governo do estado, será liberado o valor de R$ 5,2 milhões para projetos de pequenas irrigações e um aporte de R$ 16 milhões para o projeto São José III. O São José III tem o objetivo de incentivar a fruticultura e venda de produtos agrícolas, além criação de reservas hídricas para o combate à seca no estado.
Além das verbas, o governo do estado afirmou que vai complementar com o valor de R$ 6 mil a assistência a 300 famílias de Crateús que recebem benefícios do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Outra conquista do MST é a mudança de status de quatro áreas ocupadas por agricultores de acampamento para assentamento. Como assentamento, os moradores das áreas terão direitos a serviços do governo como saneamento e energia elétrica.
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"Houve um avanço muito grande na reunião e fomos muito bem recebido pelo governo", avaliou o membro da comissão Antônio Pereira. Segundo o líder do MST, os agricultores que ocupam o Palácio da Abolição devem deixar o local até a manhã desta quarta-feira (18).Seca
Durante a reunião, os agricultores citaram também as chuvas irregulares que comprometeram as safras neste ano. Segundo a Fundação de Meteorologia do Ceará (Funceme), houve queda de 50% no volume de chuva do estado em relação à média histórica. O governador do Ceará disse que viabilizará com os demais governadores de estados do Nordeste uma reunião nos Ministério da Integração Nacional e do Desenvolvimento Agrário ações para atenuar os efeitos da estiagem prolongada.
"Até o fim deste ano, vamos iniciar as obras do Cinturão das Águas. É um projeto de vários anos e que garantirá água para 99% da população do Ceará. O nosso objetivo e tornar possível a convivência com o período de estiagem", afirmou Cid Gomes. Ele também destacou que o estado está concluindo a entrega de 49 mil cisternas de placa e que mais 33 mil delas serão construídas até o fim deste ano, e ainda 1.000 kits de irrigação, 1.500 sistemas de abastecimento de água e perfuração de 36 poços em assentamentos rurais.
Massacre de Eldorado dos Carajás
Além da reivindicação de projetos contra a seca, a ocupação do Palácio da Abolição no Ceará é um protesto em memório ao massacre de Eldorado dos Carajás. O MST promete realizar cerca de 20 ocupações de terra em todo o Estado neste mês, o Abril Vermelho, em memória de 21 sem-terra assassinados em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996, que foi transformado em Dia Nacional de Luta pela reforma Agrária.
O movimento diz que 16 anos depois do massacre que teve repercussão internacional ninguém foi preso, não foi realizada reforma agrária e os militantes e sem-terra ligados ao movimento continuam sendo alvo de violência. Para o MST, o primeiro ano do governo Dilma Rousseff foi o pior dos últimos 16 anos em termos de criação de assentamentos.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:G1
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