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domingo, 15 de abril de 2012

Prazo para os candidatos - Roberto Cláudio garante elegibilidade


A decisão tomada pelo presidente do Poder Legislativo deixa mais explícita a situação do PSB na Capital cearense
O deputado Roberto Cláudio (PSB), presidente da Assembleia Legislativa cearense, declinou, oficialmente, de assumir o Governo do Estado, nas ausências e impedimentos do governador Cid Gomes (PSB) e do vice-governador Domingos Filho (PMDB), alegando estar resguardando sua condição de elegibilidade para uma provável candidatura, dele ou de familiar, nas eleições municipais deste ano. Em outras palavras: ele está habilitado para ser o nome do PSB na disputa pelo cargo de prefeito da Capital cearense.

Domingos Filho protege a candidatura da sua mulher, Patrícia Aguiar, candidata à Prefeitura do Município de Tauá. Até a realização das eleições, dia 7 de outubro, o vice-governador não poderá substituir o governador nas suas ausências e impedimentos. O presidente do Tribunal de Justiça, por estar definido na Constituição, passa a ser o substituto do chefe do Executivo.

Roberto Cláudio, por certo, não tomou essa decisão isoladamente. Equilibrado e inteligente como tem demonstrado ser, em todas as suas ações conhecidas do mundo político, o presidente da Assembleia não ousaria, com o fato produzido, confirmar o esfacelamento da aliança, realmente moribunda, agonizante, já há algum tempo, apesar dos discursos das duas principais lideranças políticas com ela envolvidas, Cid Gomes e Luizianne Lins, de desenvolverem esforços para mantê-la, ainda na disputa deste ano.

Unidos
Prudente, Roberto Cláudio não confirma estar trabalhando uma candidatura à Prefeitura de Fortaleza, mas a providência por ele adotada não deixa a menor dúvida de que sê-lo-á, caso não surja algo de relevância ímpar, capaz de unir os desunidos que comandam o PSB e PT cearenses. E não há sinais, pelo menos até agora, de o inusitado vir a acontecer para continuarem aliados governador e prefeita, posto ser visível as diferentes trilhas que estão a percorrer, atualmente. Luizianne defende a continuidade do modelo de administração que executa. E Cid reclama uma nova ordem administrativa para Fortaleza, assim como um candidato petista palatável pelos demais partidos aliados.

Não existem elementos capazes de confirmar esteja o governador trabalhando uma candidatura a prefeito no PSB. Mas quase todos os seus liderados o fazem, focado no nome de Roberto Cláudio, assim como Luizianne cuida de massificar o nome do seu preferido, o secretário de Educação municipal Elmano de Freitas, em desfavor dos outros petistas interessados em ser ungido pelo PT, como o candidato a sucedê-la na Prefeitura.

Vereadores do PSB estão orientados a fazer questionamentos sobre ações ou omissões da atual administração municipal. E algumas figuras do partido, credenciadas por lideranças expressivas da agremiação, fazem contatos com representantes de outros grêmios, de menor potencial eleitoral e tempo no rádio e televisão, discutindo alianças no caso da oficialização do fim da coligação entre PT e PSB. Acordo com o PMDB já está firmado entre Cid e o senador Eunício Oliveira, e com o PCdoB ainda pode acontecer.

O governador, como já nos reportamos em recente oportunidade, não fez o contato telefônico que a prefeita esperava para tratar da sucessão, admitido ainda no fim de fevereiro, às vésperas da visita da presidente Dilma Rousseff ao Ceará. De lá até aqui se esgarçou mais ainda a relação política entre os dois em razão de declarações públicas de Luizianne, de Ivo e Ciro Gomes. Hoje, por tudo já registrado, a possibilidade de continuarem no mesmo palanque só existe pelo fato de na política nada ser impossível de acontecer.

Espera
Fora desse campo de PT e PSB nada de concreto há no cenário da sucessão em Fortaleza, apesar de termos 29 partidos aptos a participarem do processo eleitoral. Como todos estão a esperar o posicionamento do governador e da prefeita, o quadro de candidatos à Prefeitura só para maio de fato estará aclarado.

Heitor Férrer, Inácio Arruda e Marcos Cals sofrem limitações na organização de suas estruturas também por conta da indefinição quanto à continuidade ou não da aliança que governa Estado e Fortaleza.







Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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