
O Ministério Público Estadual entrou com ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o subtenente Rogério Vidal da Luz, de Assaré, no Cariri, responsável pela unidade policial militar do município. O promotor Edgard Jurema de Medeiros solicitou à Justiça o afastamento e a indisponibilidade dos bens do policial.
De acordo com o promotor, o subtenente Rogério Vidal é acusado de transportar nas viaturas da PM e do programa Pró-Cidadania funcionários da sua fábrica de telhas e tijolos. Além disso, segundo a denúncia, o subtenente dava a seus funcionários a alimentação destinada aos presos da cadeia pública do município. A denúncia chegou ao promotor após queixa dos detentos sobre a diminuição da quantidade de alimentos.
O subtenente também é acusado de descumprir recomendação expedida pelo Ministério Público no ano passado que trata da proibição de jogo do bicho e outros jogos de azar em Assaré, com os quais o policial teria sido conivente. Outra irregularidade é o descumprimento de uma segunda recomendação, sobre apreensão de veículos. Segundo apontam as investigações, o PM liberava motocicletas por conta própria, o que desrespeita as normas previstas no Código de Processo Penal.
Processo na PM
De acordo com o relações-públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Fernando Albano, a corporação instaurou procedimento administrativo contra o subtenente de Assaré para apurar os fatos. Conforme o tenente-coronel, a PM tomou conhecimento das denúncias por meio do Ministério Público. Ainda segundo ele, o processo pode culminar com sanção administrativa ou abertura de inquérito militar. Em caso de inquérito, o policial pode ser até expulso da corporação.
Em abril deste ano, O POVO publicou série especial sobre o aumento de 50% de policiais expulsos no Ceará, em comparação com o mesmo período do ano pasado.
OPOVO tentou contato com o subtenente Rogério Vidal, mas nenhuma ligação feita na tarde e na noite de ontem foi atendida na unidade policial de Assaré.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material públicos configura crime de improbidade administrativa. Além da denúncia do Ministério Público, foi aberto processo administrativo.
Números
27
Policiais militares foram expulsos da corporação até o dia 3 de abril deste ano. Em 2011, o número de expulsos no mesmo período foi 18.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Povo
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