Felipe Azevedo, que está de saída do Ceará e deve fazer a primeira de suas duas últimas partidas pelo clube, é uma das armas do Alvinegro
O rápido Cléo espera se equiparar a ex-ídolos, como Paulo Isidoro e Daniel Frasson, no coração da torcida leonina após as finais de 2012
A rixa já dura muitos anos, mas a final de hoje marca
apenas a 20ª vez que Fortaleza e Ceará se encontram em decisõesOs dois mais ferrenhos rivais do futebol cearense, Fortaleza e Ceará, já decidiram indiretamente o Estadual 31 vezes, seja na última rodada por pontos corridos, grupo único ou triangulares, e ainda conquistando um turno derradeiro que deu a um deles o título Estadual.
Mas em apenas 19 vezes os dois decidiram o título em uma verdadeira final de campeonato, seja em um único jogo, no tradicional mata-mata, ou mesmo em uma melhor de três. Portanto, o jogo de hoje, às 16h, no PV, será a 20ª decisão entre tricolores e alvinegros.
Se nos jogos decisivos, em geral, a vantagem é Tricolor, com 16 títulos contra 15 do Ceará. Contando apenas finais de campeonato, a vantagem é alvinegra, com 11 títulos, contra oito do Leão. Vale lembrar que não estão sendo computados as finais de 1992 e 2004, títulos que foram decididos no Tapetão.
A primeira decisão entre os dois rivais foi em 1933, com o Fortaleza levando a melhor em dois jogos: 1 x 1 e 2 x 1. Outra decisão aconteceria apenas 26 anos depois, com novo título do Leão, agora em uma melhor de três: 1 a 0, 1 a 1 e 0 a 0.
Mas nos anos 1970, o Ceará virou o jogo. Naquela década, alvinegros e tricolores decidiram o Estadual sete vezes, com cinco títulos do Vovô. Em 1971, o Ceará foi campeão em três jogos (1 a 0, 0 a 0 e 2 a 2). No último empate, o alvinegro Victor empatou para o Ceará aos 44 do segundo tempo. Revoltada, a galera tricolor invadiu o gramado e o árbitro Armando Camarinha encerrou o jogo.
Em 1972, em uma única partida (1 a 1) o Vovô foi campeão com a igualdade por ter ganho dois turnos contra um do Leão.
Em 1973 e 1974, o Tricolor foi à forra. No primeiro ano, o Leão venceu a finalíssima na prorrogação por 1 a 0. Já no ano seguinte, superou o Vovô nas duas partidas da decisão daquele ano: (1 a 0 e 3 a 1).
Tetra
Mal sabia o Leão que o Vovô, depois daquela derrota acachapante em 1974, iniciaria uma série vitoriosa de quatro títulos. E todas em cima do Fortaleza, de 1975 a 1978, acabando a espera de 60 anos pelo tão sonhado tetracampeonato alvinegro.
No primeiro título, o Vovô precisou devolver o placar de 2 a 0 do primeiro jogo para ser campeão, com gols de Zé Eduardo e Da Costa. A vantagem do Alvinegro de dois resultados iguais ocorreu pelo fato de o time ter vencido os dois últimos turnos, e o Leão apenas o primeiro.
Nos três últimos anos, o Vovô, sempre em jogo único, sagrou-se campeão: O título de 1978 foi histórico, com o gol de Tiquinho aos 44 minutos do segundo tempo, garantindo o tetracampeonato ao clube de Porangabuçu.
Nas quatro seguintes decisões, 1986, 1990, 1991 e 1997, o Vovô venceu três e o Leão uma.
Últimas tricolores
Nos anos 2000, apesar do domínio tricolor nos números gerais - o Leão só não foi campeão em 2002 e 2006, conquistando oito títulos - as finais de campeonato contra o Ceará foram apenas cinco. E nesse quesito, há equilíbrio. Em cinco decisões nesse período, o Fortaleza venceu três, contra duas do Ceará.
Em 2000, o cenário era favorável ao Vovô, que buscava o penta, enquanto o Leão estava há sete anos sem título. Mas o Tricolor de Aço, ao vencer dois turnos contra um do Vovô, conquistaria o título com um empate.
A decisão daquele ano em Sobral virou drama quando João Marcelo fez 1 a 0 para o Ceará, mas a apreensão virou festa depois que Daniel Frasson marcou, aos 36 do segundo tempo.
Nas duas finais seguintes, o Vovô foi campeão em 2002, com um empate em jogo único, e em 2006, com duas vitórias por 1 a 0, surpreendendo o favorito Fortaleza, que o havia goleado por 4 a 0 e 6 a 2 na fase classificatória.
Só que nas duas últimas finais entre os rivais, o Leão deu o troco, em 2009 e 2010. No primeiro ano, o Leão comemorou o tri vencendo o primeiro jogo (2 a 1), gols de Bismarck e Guto, e empatando o segundo (1 a 1), com gol de Marcelo Nicácio.
Mas em 2010, veio a mais emocionante, que valeu o tetra ao Leão. O Tricolor bateu o favorito Ceará no primeiro jogo por 1 a 0 (gol de Paulo Isidoro) e perdeu o segundo por 2 a 1 no último lance da partida. Mas, na decisão por pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Fabiano, que pegou três cobranças alvinegras, explodindo a festa no tricolor no Castelão, que comemorou o primeiro tetra leonino.
Portanto o Leão, em 2012, luta para vencer a terceira final seguida contra o Vovô, que, por sua vez, quer evitar o infortúnio.
PC encontra time ideal e nada escondeNem que o técnico Paulo César Gusmão quisesse poderia fazer mistério na escalação do Ceará. Isso porque o treinador vem mantendo um time base por vários jogos, só os modificando em caso de desfalques, sejam por lesão ou suspensão.
Assim, o técnico, com um time encaixado, que o fez vencer as dez partidas que comandou no Estadual, confirmou o time na véspera da partida. "O time é este aí que vocês conhecem. Eu defini a equipe desde quinta-feira no coletivo. O time é o mesmo que jogou contra o Tiradentes, só fazendo um trabalho de compactação nos treinamentos".
Um dos trunfos do técnico PC Gusmão são as jogadas ensaiadas. O treinador declarou que treinou exaustivamente durante a semana e assim o fez até ontem no clube. "Estamos trabalhando este tipo de jogada a todo momento", declarou o técnico.
Um dos homens-surpresa nas jogadas ensaiadas é o volante Régis. O jogador ganhou a posição de Everton na primeira partida contra o Tiradentes, nas semifinais, e já marcou dois gols nesse tipo de jogada contra o Tigre. "Espero que mais gols de cabeça em jogadas ensaiadas saiam assim. Gols desse tipo satisfazem mais ainda os jogadores e, principalmente, o treinador", declarou o volante do Vovô.
Arbitragem
Ao contrário do rival Fortaleza, que sempre pediu árbitro de fora, a diretoria do clube defendeu a arbitragem local para a final.
Embora tenha aceitado bem o nome de Héber Roberto Lopes para apitar o Clássico-Rei de hoje, a diretoria do Ceará não perdeu a oportunidade de cutucar o rival. "O Héber é um bom árbitro. Ele tem mostrado ser competente e valorizará muito o clássico. Dará uma segurança para os dois clubes. Foi uma boa escolha. Mas ainda defendemos os árbitros locais. Se não passarmos a valorizá-los, estaremos dando um tiro no pé. Não temos porque deixar de acreditar na arbitragem local", declarou o vice-presidente do clube Robinson de Castro.
Assim, o técnico, com um time encaixado, que o fez vencer as dez partidas que comandou no Estadual, confirmou o time na véspera da partida. "O time é este aí que vocês conhecem. Eu defini a equipe desde quinta-feira no coletivo. O time é o mesmo que jogou contra o Tiradentes, só fazendo um trabalho de compactação nos treinamentos".
Um dos trunfos do técnico PC Gusmão são as jogadas ensaiadas. O treinador declarou que treinou exaustivamente durante a semana e assim o fez até ontem no clube. "Estamos trabalhando este tipo de jogada a todo momento", declarou o técnico.
Um dos homens-surpresa nas jogadas ensaiadas é o volante Régis. O jogador ganhou a posição de Everton na primeira partida contra o Tiradentes, nas semifinais, e já marcou dois gols nesse tipo de jogada contra o Tigre. "Espero que mais gols de cabeça em jogadas ensaiadas saiam assim. Gols desse tipo satisfazem mais ainda os jogadores e, principalmente, o treinador", declarou o volante do Vovô.
Arbitragem
Ao contrário do rival Fortaleza, que sempre pediu árbitro de fora, a diretoria do clube defendeu a arbitragem local para a final.
Embora tenha aceitado bem o nome de Héber Roberto Lopes para apitar o Clássico-Rei de hoje, a diretoria do Ceará não perdeu a oportunidade de cutucar o rival. "O Héber é um bom árbitro. Ele tem mostrado ser competente e valorizará muito o clássico. Dará uma segurança para os dois clubes. Foi uma boa escolha. Mas ainda defendemos os árbitros locais. Se não passarmos a valorizá-los, estaremos dando um tiro no pé. Não temos porque deixar de acreditar na arbitragem local", declarou o vice-presidente do clube Robinson de Castro.
Força do ataque para reverter a vantagem
Em desvantagem na decisão do Campeonato Cearense contra o Ceará, visto que o maior rival é que joga por dois resultados iguais, o Fortaleza terá que usar muito a força do seu ataque, formado por Cléo e Jailson, para reverter a situação a seu favor.
A dupla que mais deu certo para balançar as redes será muito exigida para atingir esse objetivo, além do meia Geraldo, que já marcou nove gols pelo time no Cearense deste ano.
Diante do Grêmio, pela Copa do Brasil, Cléo perdeu dois gols praticamente feitos, mas ele não espera perder chances dessa forma na decisão contra o rival.
Alguns repórteres indagaram de Cléo se ele se considera o xodó da galera para os jogos decisivos. "Me considero um jogador importante para o time. Mas não sou apenas eu. Temos aqui um grupo unido e forte, desejoso de reverter essa vantagem que pertence ao Ceará", comentou o atacante, que está com seis gols marcados no Estadual.
"A gente tem que fazer um bom jogo e tentar vencer para conseguir a vantagem para o nosso lado. Todos os jogadores estão preparados para reverter essa situação", comentou o lateral-esquerdo Kauê, que não foi bem no jogo com o Grêmio.
O técnico Nedo Xavier vai repetir o mesmo time que atuou diante do Tricolor gaúcho. Ontem, houve uma reunião da diretoria com a comissão técnica, procurando saber qual a estratégia a ser lançada no caso do jogo de volta contra o Grêmio, pela Copa do Brasil, dia 9, no Sul.
Os dirigentes não comentaram nada acerca de gratificação, em caso de conquista do título. Fala-se algo em torno de R$ 200 mil, para ratear com os atletas.
Alguns jogadores devem ficar de fora, como o meia Marquinho, que está entregue ao departamento médico, o lateral-esquerdo Guto e o atacante Jailson. Já o volante Careca treina fortemente todos os dias da semana, mas a comissão técnica acha precipitado lhe colocar agora nas partidas finais. O clube ainda partirá para duas contratações ao longo da semana.
Em desvantagem na decisão do Campeonato Cearense contra o Ceará, visto que o maior rival é que joga por dois resultados iguais, o Fortaleza terá que usar muito a força do seu ataque, formado por Cléo e Jailson, para reverter a situação a seu favor.
A dupla que mais deu certo para balançar as redes será muito exigida para atingir esse objetivo, além do meia Geraldo, que já marcou nove gols pelo time no Cearense deste ano.
Diante do Grêmio, pela Copa do Brasil, Cléo perdeu dois gols praticamente feitos, mas ele não espera perder chances dessa forma na decisão contra o rival.
Alguns repórteres indagaram de Cléo se ele se considera o xodó da galera para os jogos decisivos. "Me considero um jogador importante para o time. Mas não sou apenas eu. Temos aqui um grupo unido e forte, desejoso de reverter essa vantagem que pertence ao Ceará", comentou o atacante, que está com seis gols marcados no Estadual.
"A gente tem que fazer um bom jogo e tentar vencer para conseguir a vantagem para o nosso lado. Todos os jogadores estão preparados para reverter essa situação", comentou o lateral-esquerdo Kauê, que não foi bem no jogo com o Grêmio.
O técnico Nedo Xavier vai repetir o mesmo time que atuou diante do Tricolor gaúcho. Ontem, houve uma reunião da diretoria com a comissão técnica, procurando saber qual a estratégia a ser lançada no caso do jogo de volta contra o Grêmio, pela Copa do Brasil, dia 9, no Sul.
Os dirigentes não comentaram nada acerca de gratificação, em caso de conquista do título. Fala-se algo em torno de R$ 200 mil, para ratear com os atletas.
Alguns jogadores devem ficar de fora, como o meia Marquinho, que está entregue ao departamento médico, o lateral-esquerdo Guto e o atacante Jailson. Já o volante Careca treina fortemente todos os dias da semana, mas a comissão técnica acha precipitado lhe colocar agora nas partidas finais. O clube ainda partirá para duas contratações ao longo da semana.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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