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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Mensalão dos vereadores - Acrísio vai à Procuradoria



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Vereador Acrísio Sena e o diretor geral da Câmara, Paulo Rolim, deixam o prédio da Procuradoria Geral de Justiça, no meio da tarde de ontem 
 
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Acrísio Sena (PT), reuniu-se ontem à tarde com o procurador geral de Justiça do Ceará, Ricardo Machado, para solicitar informações sobre a denúncia de que estaria havendo uma espécie de mensalão beneficiando alguns vereadores por meio da liberação de emendas ao Orçamento do Município, noticiado pelo Diário do Nordeste na semana passada.

Protocolada em 17 de abril, e estando sob a responsabilidade do promotor Ricardo Rocha, a denúncia sustenta que os valores das emendas na Câmara de Fortaleza têm aumentado desde 2009 como forma de barganhar apoio político na Casa. As emendas são usadas pelos vereadores para bancar projetos e eventos de seus interesse eleitorais.

Acrísio não obteve informações sobre as denúncias, mas ficou acertado que hoje ele poderia conversar com o promotor Ricardo Rocha e ter as informações sobre a denúncia e os procedimentos que já foram adotados para a devida apuração.

Plenário

Ontem pela manhã, na primeira sessão plenária da Câmara após a divulgação da denúncia pelo Diário do Nordeste, Acrísio comandou reunião com os integrantes da Mesa Diretora para tratar da questão. À saída, os vereadores não quiseram comentar o caso, que também não foi abordado no plenário.

Citado na denúncia, o primeiro vice-presidente da Casa, Adail Júnior (PV), que chegou tarde à Câmara e perdeu a reunião, disse ser improcedente a acusação de que ele destinou R$ 1,2 milhão para uma associação denominada "Casa do Povo", no bairro Antônio Bezerra, seu reduto eleitoral. Ele também negou que use dinheiro da assessoria parlamentar para pagar os funcionários da associação.

A sessão de ontem foi rápida e alguns vereadores não deixavam esconder suas apreensões com o fato. O vereador Leonelzinho Alencar foi um dos que evitaram tratar do assunto. O vereador João Alfredo, segundo informações estava disposto a levar o assunto a plenário e requerer algumas informações sobre o caso, o que pode acontecer hoje.

Ao sair da reunião, realizada na sede da Procuradoria Geral de Justiça, no bairro José Bonifácio, Acrísio foi econômico ao falar com os jornalistas, com a justificativa de que, até agora, os vereadores só sabem do que foi informado pela imprensa.




Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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