Visita à AL - Secretário aguarda definição de data

Só depende do líder do governo na Assembleia, deputado Antônio Carlos (PT), e do presidente Roberto Cláudio (PSB) uma definição de data e horário para a visita do secretário de Planejamento, Eduardo Diogo, à Casa, para tratar da questão dos empréstimos consignados. Conforme o secretário, sua agenda está aberta, aguardando o encaminhamento dos deputados.

A visita de Eduardo Diogo ao Legislativo estava marcada para a última quarta-feira, dia 2,

mas devido à suspensão da sessão, por conta do falecimento do ex-parlamentar Barros Pinho, a reunião foi cancelada. Os deputados da oposição questionaram o cancelamento, acreditando não ter havido impedimento para que o encontro tivesse ocorrido.

O líder do governo prometeu marcar uma nova data para a ida de Eduardo Diogo à Assembleia, mas não deu previsão, afirmando que depende da agenda de atividades do secretário. Mas o próprio titular da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) assegura estar disposto a tratar do assunto junto aos deputados.

Enquanto isso, parlamentares da oposição já estão com alguns questionamentos guardados para o secretário. Dentre as perguntas que Roberto Mesquita (PV), Heitor Férrer (PDT) e Eliane Novais (PSB) pretendem fazer é se o Executivo sabia que o dono da Administradora Brasileira de Cartões S/A (ABC) é sócio da Produtora de Crédito e Cobranças Extrajudiciais Ltda (Promus).

Eles também desejam questionar ao secretário se o Estado tinha conhecimento sobre um contrato de exclusividade entre a Promus e o Bradesco, que rendeu, segundo Roberto Mesquita, R$ 100 milhões de comissão à empresa, em apenas dois anos.

Denúncia

Eduardo Diogo disse que vai apresentar aos deputados o que o Executivo já fez em relação ao assunto, afirmando está aberto a sugestões do que ainda pode ser feito sobre os consignados. Sobre a denúncia dos parlamentares de haver tráfico de influência e enriquecimento fácil no esquema dos consignados, o secretário aponta que a rede dos empréstimos foi revista pela Seplag, lembrando que a Secretaria apenas se relaciona com a ABC e com as instituições financeiras por ela credenciadas.

Todas as informações, conforme Eduardo Diogo, foram colocadas à disposição dos órgãos de fiscalização para que pudessem fazer os encaminhamentos devidos. "Mas do ponto de vista nosso, do Executivo, já passou, agora estamos olhando daqui para frente para que possamos promover ajustes e aperfeiçoamentos necessários", salientou.

Postada:Gomes Silveira

Fonte:Diário do Nordeste