Os servidores do Judiciário cearense ameaçam entrar em greve, em protesto contra o corte de R$ 130 milhões no Orçamento do Poder. Uma assembleia está marcada para o dia 13 deste mês, quando os profissionais decidirão se interrompem, ou não, as atividades.
A supressão de R$ 130 milhões foi proposta pelo Governo Cid Gomes (PSB) e aprovada pela Assembleia Legislativa no fim do ano passado. A preocupação do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Ceará (SindJustiça) é que o corte impeça que o Executivo atenda às reivindicações da categoria – entre elas, a equiparação do salário entre servidores da Capital e do Interior, cuja diferença chegaria a até 60%. Outro temor é que a falta do dinheiro dificulte a ampliação da carga horária de 30 horas para 40 horas semanais – o que significará aumento salarial.
OAB-CE tenta evitar greve
Preocupada com a ameaça de greve dos servidores do Poder Judiciário, a diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) tenta evitar a paralisação. No próximo dia 17, a OAB se reunirá com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Arísio Lopes da Costa, às 14hs. Em seguida, às 17h, com o Procurador Geral do Estado, Fernando Oliveira.
Na quinta-feira (5), o presidente da OAB-CE, Valdetário Andrade Monteiro, e o vice-presidente da entidade, Júlio Ponte, reuniram-se com o presidente da Federação dos Sindicatos de Oficiais de Justiça do Brasil, João Batista Fernandes, e com o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça, Mário Xavier, para negociar e evitar paralisação dos servidores.
A OAB-CE alerta que a greve a atual estrutura e o quadro de pessoal não suportam as demandas de juízes estaduais, convocados para atuar nas eleições, permitindo crimes eleitorais. “Vamos ter um juiz eleitoral respondendo por seis, sete, oito eleições municipais”, afirmou.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Cnews
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