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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Especialistas avaliam disputa no PT do Ceará por indicação


A oito meses da eleição municipal, o PT ainda não sabe quem vai ser o candidato à Prefeitura de Fortaleza. O atual secretário municipal de Educação, Elmano de Freitas, o deputado federal Artur Bruno, o presidente da Câmara Municipal, Acrísio Sena, o secretário das Cidades Camilo Santana e o vereador Guilherme Sampaio disputam a preferência interna e dos aliados. Por enquanto, não há consenso e uma possibilidade de prévia ventilada para pôr fim ao impasse. Com isso, borbulham as negociações e articulações entre as correntes internas do partido.
O cientista político Uriban Xavier, do Departamento de Ciências Sociais, da Universidade Federal do Ceará, avalia que, apesar dos indícios, o nome indicado pelo PT não sairá por meio de uma prévia. Segundo ele, esta discussão faz parte do processo político.


Xavier observa que o problema enfrentado pelo PT, hoje, é que as decisões deixaram de fazer parte das discussões internas da militância e passou a ser tomada, somente, pelos dirigentes e detentores de cargos políticos. Medidas, portanto, semelhantes às correntes políticas conservadoras. Para ele, a decisão ainda se arrasta porque, atualmente, apesar dos discursos ponderados de ambos os lados, a manutenção da atual aliança é mais favorável para o governador Cid Gomes (PSB) do que para a prefeita Luizianne Lins (PT), caso seja levado em consideração a disputa eleitoral em 2014.

DESGASTE POLÍTICO
Já o professor de Ciências Políticas do Curso de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor), Francisco Moreira, acredita que as discussões caminham para a realização de prévias. “Historicamente, no PT as articulações são difíceis. Os debates são muito mitigados”, disse, completando que alguns nomes colocados na disputa vêm perdendo força. Ele, porém, ressalta a projeção do nome do deputado federal Artur Bruno que, em sua opinião, se fragilizou. Para ele, as demais postulações tendem a seguir o mesmo caminho.
Ele avalia que a dificuldade na escolha de um nome se traduz a um desgaste político. Ele lembra que qualquer nome próximo à prefeita, além de problemas interno, terá dificuldade de consenso com os partidos aliados em virtude do índice de rejeição que recai sobre a atual administração municipal ainda ser considerado elevado.


Questionado se a oposição se beneficiaria com este impasse, Moreira lembra que a bancada de oposição também padece do mesmo problema. Além da falta de um nome, existe o fato de que ambos os lados não possuem estrutura, discurso e projeto político para ser apresentado ao eleitorado. “Ainda é cedo. Ninguém ainda apresentou algo consistente. Futuramente, isso pode mudar.

Oposição também não está articulada”, disse, ressaltando que, no primeiro turno, haverá uma pluralidade de candidato, mas que no decorrer do processo eleitoral alguns deverão ganhar destaque. O que, segundo ele, irá apimentar o debate político.

Postada:Gomes Silveira
Fonte:Matéria extraida do Portal O Estado

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