
Não é uma novidade, mas nunca antes o governador foi tão firme nesse propósito. Notem bem. A aliança a qual o governador se refere é a que une PT, PSB, PMDB e PDT na Capital. Isso, sem considerar um conjunto de outras siglas de menor ou sem nenhuma expressão. Mas, o que isso quer dizer?
Atentem para a amplitude da aliança. O caminho do PMDB e do PCdoB, por exemplo, não depende de Cid. O máximo que o governador pode fazer é promover um esforço político para que todos continuem juntos. O fará?
A questão é a seguinte: quando expressa o desejo de manter a aliança, o governador fala do grupo de partidos que a formam ou se refere apenas à relação do seu PSB com o PT? Bom, nesse ponto, Cid declarou que, por seu gosto, o PSB não lança candidato próprio.
Sempre muito cuidadoso com as palavras, Cid Gomes se recusa, com razão, a antecipar uma situação cujo prazo limite é final de junho. O governador também foi cuidadoso em outro ponto ao lembrar que ele comanda o PSB estadual, mas não controla o municipal. É o PSB de Fortaleza quem definirá os rumos da sigla.
É óbvio que o governador, e também presidente estadual do partido, tem influência sobre o processo de escolha, mas a condução municipal será determinante. Atentem que o atual comando do PSB de Fortaleza, formado majoritariamente por militantes pré-Cid, rompeu com os irmãos Sérgio e Eliana Novais, mas não rompeu com Luizianne Lins. Até onde se saiba, uma boa relação permanece.
O jogo continua intricado. O cenário só não está claro e a aliança só permanece como uma dúvida porque são óbvias as tensões entre o comando da Prefeitura e uma parte do grupo ligado ao governador. Fatos já amplamente noticiados pela imprensa.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Eliomar de Lima
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