v

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Politica - Legisladores querem providência da prefeita


O pessoal da AMC recebeu apoio de alguns vereadores da Capital em favor da greve iniciada neste mês

A greve dos agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços e Cidadania (AMC) foi o tema mais discutido por vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza, durante sessão ordinária, ontem. Os parlamentares criticaram as recentes falas da prefeita Luizianne Lins contra a categoria e voltaram a acusar o órgão de praticar a chamada "indústria da multa", sem prestar esclarecimentos sobre a arrecadação.

O peemedebista repudiou também a fala da prefeita Luizianne Lins, que em entrevista a imprensa local teria dito que os agentes do órgão ganham por comissionamento de multas. "Os agentes não querem ganhar por comissionamento. Eu queria fazer uma audiência com o Fernando Bezerra para ver se ele abre a caixa preta da autarquia. Ele também descumpre Lei Municipal que obriga o órgão a prestar esclarecimentos sobre o que é arrecadado, semestralmente", reclamou Vitor Valim.


Melhorias

Ele reclamou da falta de diálogo entre Governo e movimento paredista e pediu mais "humildade" da gestão para o trato com o servidor público. Disse também temer que se repita o que aconteceu durante a greve dos professores no ano passado, quando os educadores invadiram o plenário e entraram em confronto com a Guarda Municipal, tentando impedir a realização de sessão que reajustou o salário da categoria.

"Este PT era piquete de greve e agora nem quer dialogar com as pessoas. Os agentes só estão atrás de melhorias salariais. Fiquei perplexo com a atitude da prefeita querendo colocar a população contra a categoria", ressaltou.

O vereador Marcus Teixeira (PMDB), por outro lado, se disse preocupado com a onda de paralisações que estão acontecendo, não só em nível municipal, mas também na esfera Nacional. Segundo ele, é "insensato" da parte dos grevistas impedirem que outros servidores, que queiram prestar serviços à população, sejam impedidos de realizarem seus trabalhos, devido a ocupação da autarquia. "Se eles não querem trabalhar, é problema deles, mas não podem evitar os outros de trabalharem", ressaltou o líder do PMDB.

Segundo ele, com a atitude dos servidores, tanto Fernando Bezerra quanto a prefeita Luizianne Lins poderão ser apenados pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), pois com a sede do órgão ocupada, outros serviços, como iluminação pública e até o pagamento dos funcionários ficam comprometidos.

Improbidade

"O TCM não quer saber de greve de agentes, não. Eles dão a ´canetada´ e o gestor pode ter de pagar até por improbidade administrativa. Nos últimos anos a Prefeitura, praticamente, dobrou o funcionalismo público e não é correto juntar um corpo de servidores para paralisar a cidade", apontou o peemedebista, discordando de uma possível paralisação geral, marcada para acontecer amanhã.

João Alfredo (PSOL), que esteve na manhã de ontem na sede da AMC, afirmou que os agentes estariam revoltados com os comentários da prefeita e que seria mentira da gestora a afirmação de que os servidores são os mais bem pagos do País. Segundo ele, em Maracanaú, por exemplo, os funcionários do trânsito recebem melhor que os da Capital. Para ele quem procura atrelar as multas à comissão dos servidores é o próprio presidente da autarquia, Fernando Bezerra, que segundo denúncias, exclui de alguns turnos, aqueles que aplicam poucas multas.

"A AMC hoje está totalmente sucateada, sem bafômetro, sem reboque e com motocicletas de 2002, ou seja com equipamentos com dez anos de uso. Mas o mais grave é que não temos política de trânsito em Fortaleza. Iniciativas importantes de outros gestores, como as escolinhas de trânsito não existem mais", reclamou o parlamentar.



Postada:Gomes Silveira
Fonte:Matéria extraida do Portal Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário