Levando em conta os sete principais partidos da aliança dilmista (PT, PMDB, PDT, PSB, PC do B, PP e PTB), o confronto entre mais de três dessas siglas é bem provável em 17 capitais. Em sete delas, há pelo menos dois pré-candidatos da base.
É o que ocorre em Fortaleza, onde o senador Inácio Arruda (PC do B) e o deputado Heitor Férrer (PDT) deverão concorrer contra o candidato a ser definido pelo PT. Já o PMDB encontra-se dividido: uma ala defende que o partido tenha candidato próprio, outra prefere esperar para ver qual candidato o governador Cid Gomes (PSB) apoiará.
Em capitais como São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Recife, o número de candidatos é ainda maior. Na capital paulista, cinco partidos da base têm pré-candidatos: Fernando Haddad (PT), Gabriel Chalita (PMDB), Netinho de Paula (PC do B), Paulo Pereira da Silva (PDT) e Luiz Flávio D’Urso (PTB).
Principal aliado do PT em âmbito nacional, o PMDB deve disputar em 21 capitais. É a legenda com o maior número de pré-candidatos, ficando na frente, inclusive, do PT, que trabalha com a possibilidade de lançar 18 nomes.
HISTÓRICO
A discrepância entre as disputas para as prefeituras e a aliança partidária que dá sustentação ao governo federal já ocorreu em outras eleições. Em 2008, por exemplo, PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão nacional, se enfrentaram em 17 das 26 capitais em jogo.
O professor de Ciência Política da Universidade de Brasília David Fleischer lembra que nas disputas municipais a tendência é que prevaleçam os arranjos paroquiais. “As questões locais e a sobrevivência dos partidos fazem com que todos queiram disputar. A eleição municipal serve de base para o aumento do número de deputados, senadores e governadores.”
O professor de Ciência Política da Universidade de Brasília David Fleischer lembra que nas disputas municipais a tendência é que prevaleçam os arranjos paroquiais. “As questões locais e a sobrevivência dos partidos fazem com que todos queiram disputar. A eleição municipal serve de base para o aumento do número de deputados, senadores e governadores.”
Apesar disso, o alto número de postulantes causa preocupação ao Planalto. Na última reunião com os dirigentes dos partidos, Dilma tentou acalmar os ânimos dizendo que nem ela nem o vice Michel Temer (PMDB) iriam se envolver nas campanhas. A orientação é que ministros, o vice e a própria presidente não apoiem um candidato em capitais com conflito na base.
Para o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a falta de acordo não é prejudicial. “É legítimo que na eleição municipal cada partido lance seu candidato, ainda mais em cidades com possibilidade de segundo turno. Isso em nada afetará a base da presidente Dilma, até porque o PT fará uma campanha sem ataques pessoais”, afirmou.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Antonio Viana
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