
Brasília. Os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF) vão depor nesta semana na CPI do Cachoeira no Congresso, após terem a convocação aprovada em sessão da comissão no dia 29.
Marconi Perillo terá de explicar a venda da casa
O depoimento de Perillo será na terça-feira e o de Agnelo, na quarta-feira. A convocação dos dois ocorreu em meio a um racha na base aliada. Na ocasião da convocação, a CPI rejeitou o pedido para ouvir Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
O PMDB, aliado do PT, articulou os 16 votos a favor da convocação de Agnelo Queiroz, com o apoio de PP, PR, PSC, PSB, PDT e da oposição. Doze parlamentares votaram contra. O depoimento de Perillo foi aprovado por unanimidade.
Segundo a Polícia Federal (PF), Marconi Perillo recebeu R$ 1,4 milhão de Carlinhos Cachoeira pela venda de uma casa e nomeou funcionários a pedido do empresário, preso sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal.
Segundo a PF, Agnelo também teve assessores corrompidos pelo grupo de Cachoeira. Tanto o petista quanto o tucano negam irregularidades.
Agnelo deverá responder sobre um suposto tratamento diferenciado com Delta, empresa suspeita de manter ligações com Cachoeira, preso desde o dia 29 de fevereiro.
A Delta domina os contratos de coleta de lixo no Distrito Federal. O mais recente foi assinado no fim de 2010, antes da posse de Agnelo. A convocação do petista foi aprovada no último dia 30 de maio após um racha na base aliada do governo federal. Logo após o anúncio da convocação, o governador chegou a considerar a ida dele como "injusta".
Já Perillo terá de explicar a venda da casa cujo outros convocados já deram versões e preços conflitantes com a do governador. Cachoeira morava na casa em questão e foi preso nela.
Defesa
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) defendeu o governador e colega de partido, ao dizer que Marconi vai "virar o jogo" ao depor na CPMI.
"Ele vai ser convincente e vai virar o jogo. Ele vem reafirmando a mesma sequência de acontecimentos, não há contradição alguma" , argumenta.
Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que há muitos pontos obscuros a serem esclarecidos. "O governador Marconi Perillo terá de esclarecer muitos pontos que ainda estão obscuros. A história da venda da casa não fecha. Há pelo menos três versões diferentes", comentou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). As diferentes versões apareceram em nota do governador e nos depoimentos dados à CPMI.
Racha
16 votos contra 12 foi o resultado da votação do requerimento que convocou o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, para depor na Comissão
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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