Dos 600 presos que estavam recolhidos nas distritais, 250 foram encaminhados para as unidades carcerárias
A superlotação de xadrezes, combinada com a greve dos policiais civis levou as autoridades a decidir, na manhã de ontem, realizar uma megaoperação de transferência de 250 dos quase 700 presos que estavam recolhidos nas delegacias distritais, especializadas e metropolitanas da Grande Fortaleza.
A operação contou com a mobilização de tropas da Polícia Militar, através do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do Cotam Comando Tático Motorizado (Cotam), além da Força Nacional de Segurança (FNS) e do Exército Brasileiro. Coube ao diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Jairo Façanha Pequeno, a missão de comandar a operação de transferência dos detentos.
Segundo a Polícia Civil, dos 250 presos que foram retirados das delegacias ontem, 110 foram encaminhados à Casa de Privação Provisória da Liberdade I (CPPL I), 50 para a CPPL II, 45 para a CPPL III, 40 para a CPPL de Caucaia (Carrapicho) e outros cinco para a Colônia Urbana Professor Olavo Oliveira, o antigo IPPOO I, no bairro Itaperi.
Conforme o delegado Jairo Pequeno, a transferência já vinha sido articulada antes mesmo da eclosão da greve dos policiais civis, visto que as delegacias estavam ficando, outra vez, lotadas de detentos. "Evidente, que, com a greve, os riscos aumentaram", afirma Pequeno.
Articulados
O diretor do DPE explica ainda que houve uma articulação entre os secretários da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), coronel Francisco José Bezerra; e da Justiça e Cidadania (Sejus), Mariana Lobo, para que fossem destinadas as 250 vagas nas unidades prisionais para a retirada dos detentos das delegacias da Grande Fortaleza.
A operação de remoção dos presos começou logo cedo da manhã de ontem. Várias dificuldades tiveram que ser enfrentadas pelo chefe da operação. "Em algumas delegacias, não havia escrivães e nem policiais e até as portas dos cartórios estavam fechadas, dificultando para nós encontrar a relação completa dos presos. Mesmo assim, paulatinamente foram feitas as retiradas dos presos e eles eram encaminhados à (delegacia) Capturas", detalhou Jairo Pequeno.
Na período da tarde, já haviam sido levados para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro, presos oriundos de delegacias como 3ºDP (Otávio Bonfim), 8º DP (José Walter), 12º DP (Conjunto Ceará) e 30º DP (São Cristóvão).
A prioridade das transferências era para as delegacias plantonistas (que estão também sem funcionar) e as demais que apresentavam um maior índice de superlotação em seus xadrezes.
Capturas
Retirados das carceragens das delegacias especializadas, distritais e metropolitanas, os detentos eram levados, em comboios de viaturas do Batalhão de Polícia de Choque da PM (BpChoque) e da Força Nacional de Segurança (FNS) para a sede da Decap, na Rua Conselheiro Tristão, Centro. Ali, eram rapidamente fichados criminalmente e, em seguida, levados para as unidades prisionais.
Conforme Jairo Pequeno, apesar de toda a movimentação ocorrida ontem, todo o processo de transferência somente deverá ser concluído na próxima segunda-feira. "Estamos reduzindo os riscos de fugas, apesar de as delegacias contarem com a presença da Força Nacional de Segurança. Os militares estão fazendo a vigilância dos presos e também a segurança patrimonial", assegura.
Funcionamento
Durante todo o dia de ontem, a maioria das delegacias da Capital e da região metropolitana permaneceram de portas fechadas para o público.
Porém, algumas delas atenderam ao público para o registro de Boletins de Ocorrência (B.Os.), Entre elas, a Defraudações e Falsificações (DDF), de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) e a da Criança e do Adolescente (DCA), esta última, havia sido ocupada pelos grevistas na noite de quarta-feira passada. Contudo, a presença de homens do Exército no local fez com que o funcionamento fosse restabelecido naquela Especializada.
A greve dos policiais teve início na noite da última terça-feira, quando os servidores decidiram cruzar os braços juntamente com a tropa da PM. Ainda naquela noite, os policiais montaram acampamento na Praça dos Voluntários, em frente à sede da Delegacia Geral, no Centro, e secaram os pneus das viaturas. Na pauta dos servidores públicos em greve, um aumento salarial para que seus vencimentos cheguem a 60 por cento do que ganham os delegados, reformulação nos critérios de promoção, estabelecimento de horas extras e reajuste no valor dos vales refeição.
A superlotação de xadrezes, combinada com a greve dos policiais civis levou as autoridades a decidir, na manhã de ontem, realizar uma megaoperação de transferência de 250 dos quase 700 presos que estavam recolhidos nas delegacias distritais, especializadas e metropolitanas da Grande Fortaleza.
A operação contou com a mobilização de tropas da Polícia Militar, através do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do Cotam Comando Tático Motorizado (Cotam), além da Força Nacional de Segurança (FNS) e do Exército Brasileiro. Coube ao diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Jairo Façanha Pequeno, a missão de comandar a operação de transferência dos detentos.
Segundo a Polícia Civil, dos 250 presos que foram retirados das delegacias ontem, 110 foram encaminhados à Casa de Privação Provisória da Liberdade I (CPPL I), 50 para a CPPL II, 45 para a CPPL III, 40 para a CPPL de Caucaia (Carrapicho) e outros cinco para a Colônia Urbana Professor Olavo Oliveira, o antigo IPPOO I, no bairro Itaperi.
Conforme o delegado Jairo Pequeno, a transferência já vinha sido articulada antes mesmo da eclosão da greve dos policiais civis, visto que as delegacias estavam ficando, outra vez, lotadas de detentos. "Evidente, que, com a greve, os riscos aumentaram", afirma Pequeno.
Articulados
O diretor do DPE explica ainda que houve uma articulação entre os secretários da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), coronel Francisco José Bezerra; e da Justiça e Cidadania (Sejus), Mariana Lobo, para que fossem destinadas as 250 vagas nas unidades prisionais para a retirada dos detentos das delegacias da Grande Fortaleza.
A operação de remoção dos presos começou logo cedo da manhã de ontem. Várias dificuldades tiveram que ser enfrentadas pelo chefe da operação. "Em algumas delegacias, não havia escrivães e nem policiais e até as portas dos cartórios estavam fechadas, dificultando para nós encontrar a relação completa dos presos. Mesmo assim, paulatinamente foram feitas as retiradas dos presos e eles eram encaminhados à (delegacia) Capturas", detalhou Jairo Pequeno.
Na período da tarde, já haviam sido levados para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro, presos oriundos de delegacias como 3ºDP (Otávio Bonfim), 8º DP (José Walter), 12º DP (Conjunto Ceará) e 30º DP (São Cristóvão).
A prioridade das transferências era para as delegacias plantonistas (que estão também sem funcionar) e as demais que apresentavam um maior índice de superlotação em seus xadrezes.
Capturas
Retirados das carceragens das delegacias especializadas, distritais e metropolitanas, os detentos eram levados, em comboios de viaturas do Batalhão de Polícia de Choque da PM (BpChoque) e da Força Nacional de Segurança (FNS) para a sede da Decap, na Rua Conselheiro Tristão, Centro. Ali, eram rapidamente fichados criminalmente e, em seguida, levados para as unidades prisionais.
Conforme Jairo Pequeno, apesar de toda a movimentação ocorrida ontem, todo o processo de transferência somente deverá ser concluído na próxima segunda-feira. "Estamos reduzindo os riscos de fugas, apesar de as delegacias contarem com a presença da Força Nacional de Segurança. Os militares estão fazendo a vigilância dos presos e também a segurança patrimonial", assegura.
Funcionamento
Durante todo o dia de ontem, a maioria das delegacias da Capital e da região metropolitana permaneceram de portas fechadas para o público.
Porém, algumas delas atenderam ao público para o registro de Boletins de Ocorrência (B.Os.), Entre elas, a Defraudações e Falsificações (DDF), de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) e a da Criança e do Adolescente (DCA), esta última, havia sido ocupada pelos grevistas na noite de quarta-feira passada. Contudo, a presença de homens do Exército no local fez com que o funcionamento fosse restabelecido naquela Especializada.
A greve dos policiais teve início na noite da última terça-feira, quando os servidores decidiram cruzar os braços juntamente com a tropa da PM. Ainda naquela noite, os policiais montaram acampamento na Praça dos Voluntários, em frente à sede da Delegacia Geral, no Centro, e secaram os pneus das viaturas. Na pauta dos servidores públicos em greve, um aumento salarial para que seus vencimentos cheguem a 60 por cento do que ganham os delegados, reformulação nos critérios de promoção, estabelecimento de horas extras e reajuste no valor dos vales refeição.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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