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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

SERTÃO CENTRAL - Clima de insegurança causa histeria coletiva no Interior


Quixadá > A onda de medo iniciada na capital na noite da última segunda-feira, na capital chegou à região Centro do Estado no fim da manhã do dia seguinte. Por volta do meio-dia um efeito dominó atingiu o comércio da maioria das cidades da região. Em questão de minutos praticamente todas as lojas baixaram sua portas. O comandante da 2ª Companhia do 1º Batalhão Policial Militar, coronel Edivar Azevedo Rocha, acompanhado de mais três subordinados ainda tentou tranqüilizar a população no Centro de Quixadá. Em vão. O caos já estava estabelecido e as ruas começaram a ficar desertas.
Em seguida muitos boatos se espalharam pelas cidades da região, a maioria através das redes sociais. Os internautas davam conta de arrastões e saques em estabelecimentos comerciais, principalmente em Quixadá e Quixeramobim. Com receio, as lojas das maiores redes do Estado, dentre elas Macavi, Rabelo e Zenir fecharam mais cedo. O número de moto-taxistas nas esquinas também se reduziu em instantes.  Apenas os bancos estavam funcionando normalmente, apesar de alguns blogueiros terem divulgado o contrário.
Apesar do quadro de pânico o Centro de Operações Policiais Militares (Copom) de Quixadá não havia registrado nenhuma ocorrência policial nesta cidade. Na Delegacia de Polícia Civil também não foi registrada nenhum boletim de assaltos e outros delitos violentos. A maioria foi de perda de documentos.     A ocorrência mais grave havia sido registrada em Ibaretama, onde a porta de vidro do posto de atendimento do Bradesco foi estilhaçada por disparos de arma de fogo.
Em Quixeramobim, os policiais civis informaram terem recebido informações de dois assaltos no decorrer do dia, um deles a uma casa loteria e o outro a uma funerária. Todavia ninguém compareceu à Delegacia Municipal para formalizar as ocorrências. Os policiais plantonistas acreditam que as vitimas ficaram receosas da concentração de muitos policiais na USI, e que todas as categorias de segurança pública teriam aderido ao movimento grevista.
Antes do acordo com o Governo do Estado as lideranças da paralisação temiam pelo agravamento da insegurança pública. Chegaram a orientar a população a não sair às ruas no período noturno enquanto o patrulhamento não reiniciasse as rondas. Quanto a motoristas e motociclistas, se possível abastecerem seus veículos com pouco combustível. Nos assaltos os criminosos costumam abandonar carros e motos roubadas quando a gasolina acaba. Havendo prorrogação da greve aconselhavam os comerciantes a manterem seus estabelecimentos fechados.

MACIÇO de BATURITÉ
A situação foi praticamente a mesma nas cidades do Maciço de Baturité. Conforme o delegado Milson Teixeira, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil, a histeria de fato havia tomado conta da população, entretanto nenhuma ocorrência grave havia sido registrada. Mesmo assim o comércio baixou as portas mais cedo. Ninguém quis arriscar com a possibilidade de ser atacado por algum bando de assaltantes ou de vândalos. O movimento na rodovia de acesso a Guaramiranga e Pacatuba caiu drasticamente. Os ônibus também deixaram de circular entre os municípios da região serrana.

Postada:Gomes Silveira



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