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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Destaque na frente - Fortaleza vive uma ´cléo-dependência´


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Cléo faz um treino para aprimorar a conclusão no Pici. Ataque tricolor parece ter criado uma dependência do seu futebol, tanto pela produção como também por ser o único atleta do elenco com suas características 
 
A cara do novo time do Fortaleza, que se classificou em segundo lugar para as semifinais do Campeonato Cearense e está na segunda fase da Copa do Brasil, tem muito da marcação forte, da articulação que vem do meia Geraldo - além de sua importância como aglutinador de forças - do padrão tático da equipe e da união do grupo.

Mas, às vezes, mesmo com tudo isso somado, o Leão só mostra a sua identidade ofensiva quando um certo baixinho de 1m59 de altura está em campo.

Todos os jogadores tricolores têm a sua importância dentro do time, mas com ele em campo o atual time se agiganta. Apesar de Cléo Paraense - como ele gosta de ser chamado - estar com apenas cinco gols no Campeonato Cearense e três na Copa do Brasil. Nesta última competição, o ataque do Tricolor tem mostrado serviço. Cléo junto com Jailson já estão com sete gols em três partidas no torneio nacional.

Retrospecto

Cléo já fez 21 partidas com a camisa do Fortaleza, juntando Campeonato Cearense e Copa do Brasil. Dessas 21, com ele em campo, o Leão venceu 16 delas, houve três empates e apenas duas derrotas, que foram para Horizonte e Ceará.

Tanto faz quando seu companheiro é Rômulo, que é um atacante que faz o pivô, como quando seu companheiro é Jailson, que gosta mais de atuar pelos flancos do campo. A produção de Cléo acaba puxando a do resto do time, pela velocidade que ele imprime à linha de frente.

"A gente fica feliz por ter uma importância grande dentro do grupo. A gente trabalha para isso, com o objetivo de estar ajudando. Mas não é apenas o Cléo, é um todo", diz o atleta, procurando espalhar a luz dos holofotes para o trabalho dos demais companheiros. "A partir do momento em que os jogadores têm compromisso com o objetivo principal do clube, as coisas tendem a acontecer, tal como ocorreu nos últimos três jogos", completou o atacante.

Alguns repórteres o questionaram pelo fato de ter marcado um gol contra o Paraná, ter tirado a camisa, dado uma cambalhota e em seguida levar cartão amarelo. "Foi mais um desabafo porque já fazia algum tempo que eu não marcava gol com a camisa do Fortaleza e voltei a marcar. Mas, se tivesse com dois cartões amarelos ou já tivesse recebido um na partida, com certeza não iria tirar a camisa", defendeu-se.

Náutico

O atacante Cléo demonstra levar a sério o compromisso desta quarta-feira, às 21h50, nos Aflitos, contra o Náutico, no jogo de volta, mesmo com a larga vantagem obtida. "Temos que ter todo o respeito contra eles porque, mesmo com a nossa vitória por 4 a 0 aqui, as coisas podem se complicar por lá. Já passei por situações semelhantes e é bom termos cuidado", disse o jogador.

Para esse jogo, o Leão embarca às 15h07 de hoje, com destino a Recife, com chegada prevista para às 16h20 no Aeroporto dos Guararapes. Não haverá treino do Tricolor por lá. O único desfalque será o zagueiro Ciro Sena, que recebeu três cartões.

Diretoria crê que atleta Guto esteja regular

A diretoria do Fortaleza não quis se pronunciar sobre o assunto, mas em conversa informal, o diretor do departamento jurídico do clube, Daniel de Paula Pessoa, entende que não haja nenhum problema relativo ao lateral-esquerdo Guto.

Como se sabe, o Ceará acusou o jogador de ter assinado um pré-contrato com o clube alvinegro e descumprido o trato. Como reação, o Tricolor fez um aditivo no contrato do atleta, prorrogando seu vínculo por um ano. Por isso, fontes ligadas ao Ceará dizem que Guto estaria irregular por estar com um contrato de seis anos, quando o permitido, pela Lei Pelé, seria de no máximo cinco anos de duração.

Justificativas

Daniel disse que, primeiro, o atleta está registrado pela CBF e sem nenhum impedimento legal; segundo, a CBF possui um dispositivo que identifica quando há erros nos contratos, devolvendo a documentação para que o clube a corrija, se preciso. Além disso, a legislação permite que se faça um aditivo no prazo de um ano a mais do contrato em vigência. Por último, foi feita consulta à CBF e a resposta foi positiva.

Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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