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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Para não ser rebaixado - Até as últimas consequências


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Caso seja julgado culpado, Guerreiro do Poty poderá perder 13 dos seus 26 pontos e acabaria na vice-lanterna da competição 
 
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Maurílio não quis comentar sobre o assunto, pois disse não ter controle sobre os cartões 
 
Ferrão entrará hoje com uma denúncia no TJDF contra o Crateús, que teria escalado atletas de forma irregular

Depois da confirmação do rebaixamento do Ferroviário dentro de campo, o clube coral agora corre por fora para conseguir no "tapetão" a sua permanência na elite do futebol cearense.

Hoje, a diretoria do Tubarão da Barra irá protocolar junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol do Estado do Ceará (TJDF) uma denúncia contra o time do Crateús que, segundo os representantes corais, atuou com três atletas irregulares em três partidas distintas.

Os jogadores do time crateuense Erilson Morais Maciel (Erilson), Bruno Leandro Raposo Santana (Bruno Recife) e William da Silva de Lima (William Carioca) não poderiam ter atuado, respectivamente, nos jogos: Crateús x Crato (no dia 11 de março); Ceará x Crateús (dia 05 de abril); e Ferroviário x Crateús (em 28 de março).

"As nossas provas são as súmulas das partidas. Nelas constam os nomes dos jogadores, que deveriam cumprir suspensão por terem sido advertidos com cartões amarelos em partidas passadas", afirmou o ex-presidente do clube coral, Carlos Mesquita. De acordo com o Regulamento Geral de Competições da CBF, a equipe que jogou com atletas irregulares perderá os pontos que conquistou nas três partidas e ainda perderá mais três pontos por cada jogo. Portanto, no total, o Guerreiro do Poty deve perder 13 dos seus 26 pontos atuais.

Tal punição acarretaria na queda da equipe crateuense para a vice-lanterna da competição, consequentemente, rebaixando-a para a Segundona do Campeonato Cearense.

Defesa

Para o presidente do Crateús, Franzé Martins, porém, não existe motivo para se preocupar. "Estamos tranquilos, pois atuamos de acordo com o regulamento. Então, quem estiver nos acusando, que apresente as provas", afirmou Franzé acrescentando: "eu não sei onde que eles acharam esta falha, pois aqui no nosso controle está tudo normal".

Segundo o mandatário da equipe interiorana, o clube deverá entrar com um processo por danos morais contra o Ferroviário, que, de acordo com Franzé, acabou colocando em risco a integridade física dos funcionários ao incitar tais denúncias.

"Estes irresponsáveis jogam este tipo de notícia na mídia sem saber a repercussão negativa que causa na população. Isso acaba gerando a reação de alguns torcedores desinformados, que atentam contra a vida de inocentes", explicou o dirigente, referindo-se às ameaças sofridas pelo supervisor da equipe do Guerreiro do Poty, Juninho.

Punição

"Em tese, o jogador que participa de uma partida com pendências referentes ao cumprimento de suspensão por ter levado o terceiro cartão, seja amarelo ou vermelho, está irregular. Consequentemente, este atleta está passível de punição", explicou o procurador-geral do TJDF, Marcelo Desidério.

Segundo ele, em se tratando de prazo para a realização da denúncia, a contagem só começará a acontecer quando a denúncia chega à Procuradoria do TJDF. "A contagem dependerá do momento em que a Procuradoria for devidamente informada pelo Ferroviário", concluiu.

Jogadores levaram cinco amarelos seguidos

O blog Time de Fora, do Diário do Nordeste Online fez uma análise das súmulas dos jogos e constatou as irregularidades cometidas pelo time do Interior.

Foi constatado que o zagueiro crateuense Erilson Moura Maciel chegou a tomar cinco cartões amarelos seguidos para só então cumprir suspensão.

Já o meia-atacante William Silva de Lima deveria ter cumprido dois jogos por ter acumulado três cartões amarelos e um vermelho. No entanto, o atleta ficou ausente em apenas um jogo.

A exemplo de Erilson, o zagueiro Bruno Recife também chegou a levar cinco amarelos para só depois cumprir a pena.

Responsabilidade

Em entrevista ao jornalista e colunista Tom Barros, o técnico do Crateús, Maurílio Silva, informou que não poderia falar nada a respeito do assunto por não ter controle nenhum sobre a contagem dos cartões.

Segundo o treinador, quem controlava a quantidade de cartões tomados pelos atletas do time era a diretoria do clube, cabendo a ela apenas o comando da equipe em campo






Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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