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sábado, 21 de abril de 2012

Dilma silencia e diz que CPI é um problema do Congresso


Segundo a presidente, postura do governo vai ser de respeito às decisões do Congresso em relação ao assunto
Dilma Rousseff evitou falar sobre a CPI ao ser abordada

A presidente Dilma Rousseff evitou on-tem comentar sua expectativa sobre a CPI do Cachoeira, instalada nesta semana para investigar possíveis práticas criminosas cometidas pelo empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira, com a participação de agentes públicos e privados.

“A CPI é algo afeito ao Congresso. O governo federal terá uma posição absolutamente de respeito ao Congresso nessa área”, afirmou a presidente após participar de evento no Palácio Itamaraty.

Questionada se a comissão é necessária, ela afirmou que não iria “interferir na questão de outro Poder”. “Acho que todas as coisas tem que ser apuradas, mas não me manifesto sobre a CPI. (...) Eu não me manifesto sobre outro poder, de maneira alguma”, disse.

O presidente da comissão será o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), partido que tem a maior bancada na Casa. O congressista aguarda a indicação pelo PT na Câmara de um nome para a relatoria da comissão para traçar um plano de trabalho. A expectativa é que até terça-feira os partidos indiquem todos os membros.

Entre as prioridades dos futuros membros da comissão, estão as convocações de Cachoeira e do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), suspeito de usar o mandato para favorecer negócios do empresário.

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) nega que a CPI levasse preocupação ao Palácio do Planalto. “O governo não tem com o que se preocupar a não ser em cumprir o nosso papel, que é trabalhar, produzir, conduzir o país. O Legislativo cuida da pauta dele e nós cuidamos da nossa. E vamos seguindo assim”, disse.

Quem

ENTENDA A NOTÍCIA

A posição da presidente vai de encontro às especulações de que o Palácio do Planalto articularia uma operação-abafa contra a CPI. Os parlamentares, de fato, precisam de liberdade para fazer a melhor investigação possível.

Saiba mais

Quem não assinou o requerimento
A Mesa do Congresso Nacional divulgou ontem a lista dos parlamentares que assinaram o requerimento de criação da CPI mista do Cachoeira. Foram 72 dos 81 senadores e 396 dos 513 deputados. Em uma investigação com tanto apoio, chama mais atenção quem não rubricou o requerimento Nesse grupo que não respaldou o pedido de investigação estão alguns personagens de outros escândalos.

Dois réus no processo do mensalão em andamento no Supremo Tribunal
Federal não assinaram o pedido: Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). O deputado paranaense Zeca Dirceu (PT-PR), filho de outro réu, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, foi outro
que não assinou. O ex-ministro José Dirceu prestou consultoria à empresa Delta, uma das envolvidas no escândalo que levou à prisão do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
 
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PSD-BA), e o presidente da CCJ do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foram outros a não assinar.



Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Povo

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