Delegado Vicente Ferreira, titular do 29º DP, falou das dificuldades da investigação. Faltam policiais para apurar crimes naquela área
A Polícia Civil ainda busca pistas para identificar e prender os autores de um caso de duplo homicídio que vitimou pai e filho, no último dia 1º, no distrito de Pajuçara, no Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). De acordo com o delegado Vicente Ferreira, inicialmente, a hipótese mais provável é de que tenha ocorrido um crime de ´erro de execução´.
O titular do 29º DP (Pajuçara) iniciou as investigações e disse que, José Genival de Oliveira, 55, e seu filho, José Genival de Oliveira Filho, 27, assassinados a tiros, eram trabalhadores e não tinham antecedentes criminais. "Um trabalhava em uma indústria têxtil e o outro era entregador. Temos conversado com testemunhas e moradores próximos ao local do crime, mas eles temem repassar qualquer informação", disse.
Baleado
Conforme o relato de testemunhas, o primeiro a ser atingido pelos tiros foi o pai, que estava em um carro e se aproximava de casa. Ao perceber que o pai estava sendo baleado, o filho correu em sua direção na tentativa de salvá-lo, mas também foi morto.
O que a Polícia descobriu foi que o crime contou com a participação de três pessoas que estavam em um automóvel preto. Um dos acusados ficou na direção. O outro permaneceu numa esquina próxima à casa das vítimas, e o terceiro foi o autor dos disparos. "As pessoas têm medo de vir depor. Já intimamos algumas, mas até agora nenhuma compareceu. Por isso, quem tiver informações pode ligar anonimamente para a delegacia os números 3101.2946 ou 3101.2847", afirma Ferreira.
Além da falta de testemunhas, o delegado destacou que, o baixo efetivo de policiais naquela distrital também colabora para dificultar as investigações.
"Temos apenas um inspetor para investigar o crime. Eu saí com ele e fizemos diligências para tentar localizar testemunhas. Sem falar que, quando nos ausentamos, a delegacia fica vulnerável a resgates e fugas, já que convivemos diariamente com o problema da lotação de presos".
Atualmente, 14 presos estão recolhidos nos xadrezes da delegacia no distrito de Pajuçara, que segundo Vicente Ferreira, tem capacidade apenas para seis. "São estupradores, assaltantes, homicidas, todos periculosos. Vivemos sob o temor de uma fuga", contou.
No dia 21 de fevereiro deste ano, 12 presos tentaram fugir pela parede lateral da DP, mas o plano de fuga foi descoberto e a parede consertada antes que os detentos conseguissem escapar. Em novembro do ano passado, 11 presos escaparam da carceragem depois de serrar as grades e render o único policial que fazia a segurança do local.
Investigação
Com o trabalho investigativo comprometido pela deficiência de inspetores, a maioria dos crimes ocorridos na Pajuçara permanece sem que os autores sejam identificados.
Somente neste ano, nove pessoas foram assassinadas naquele distrito, considerado uma das regiões mais violentadas da Grande Fortaleza. Conforme as autoridades, além do tráfico de drogas, o local também é usado como ´desova´ para cadáveres de vítimas mortas em outros bairros da Capital e de maracanaú.
Vítimas
Além de pai e filho, mortos no último dia 1º, também foram executadas na Pajuçara, neste ano, as seguintes pessoas, Hélio César Chagas da Silva, Francisco Fábio Gomes dos Santos, Jaílson Brito de Paula, Francisco Alexandre Lucas, Thaleica Marilda Ferreira Rodrigues e Manuel Valderi Rodrigues.
Pajuçara integra a lista dos bairros mais violentos da RMF ao lado do Bom Jardim, Vila Velha, Genibaú e outros.
O titular do 29º DP (Pajuçara) iniciou as investigações e disse que, José Genival de Oliveira, 55, e seu filho, José Genival de Oliveira Filho, 27, assassinados a tiros, eram trabalhadores e não tinham antecedentes criminais. "Um trabalhava em uma indústria têxtil e o outro era entregador. Temos conversado com testemunhas e moradores próximos ao local do crime, mas eles temem repassar qualquer informação", disse.
Baleado
Conforme o relato de testemunhas, o primeiro a ser atingido pelos tiros foi o pai, que estava em um carro e se aproximava de casa. Ao perceber que o pai estava sendo baleado, o filho correu em sua direção na tentativa de salvá-lo, mas também foi morto.
O que a Polícia descobriu foi que o crime contou com a participação de três pessoas que estavam em um automóvel preto. Um dos acusados ficou na direção. O outro permaneceu numa esquina próxima à casa das vítimas, e o terceiro foi o autor dos disparos. "As pessoas têm medo de vir depor. Já intimamos algumas, mas até agora nenhuma compareceu. Por isso, quem tiver informações pode ligar anonimamente para a delegacia os números 3101.2946 ou 3101.2847", afirma Ferreira.
Além da falta de testemunhas, o delegado destacou que, o baixo efetivo de policiais naquela distrital também colabora para dificultar as investigações.
"Temos apenas um inspetor para investigar o crime. Eu saí com ele e fizemos diligências para tentar localizar testemunhas. Sem falar que, quando nos ausentamos, a delegacia fica vulnerável a resgates e fugas, já que convivemos diariamente com o problema da lotação de presos".
Atualmente, 14 presos estão recolhidos nos xadrezes da delegacia no distrito de Pajuçara, que segundo Vicente Ferreira, tem capacidade apenas para seis. "São estupradores, assaltantes, homicidas, todos periculosos. Vivemos sob o temor de uma fuga", contou.
No dia 21 de fevereiro deste ano, 12 presos tentaram fugir pela parede lateral da DP, mas o plano de fuga foi descoberto e a parede consertada antes que os detentos conseguissem escapar. Em novembro do ano passado, 11 presos escaparam da carceragem depois de serrar as grades e render o único policial que fazia a segurança do local.
Investigação
Com o trabalho investigativo comprometido pela deficiência de inspetores, a maioria dos crimes ocorridos na Pajuçara permanece sem que os autores sejam identificados.
Somente neste ano, nove pessoas foram assassinadas naquele distrito, considerado uma das regiões mais violentadas da Grande Fortaleza. Conforme as autoridades, além do tráfico de drogas, o local também é usado como ´desova´ para cadáveres de vítimas mortas em outros bairros da Capital e de maracanaú.
Vítimas
Além de pai e filho, mortos no último dia 1º, também foram executadas na Pajuçara, neste ano, as seguintes pessoas, Hélio César Chagas da Silva, Francisco Fábio Gomes dos Santos, Jaílson Brito de Paula, Francisco Alexandre Lucas, Thaleica Marilda Ferreira Rodrigues e Manuel Valderi Rodrigues.
Pajuçara integra a lista dos bairros mais violentos da RMF ao lado do Bom Jardim, Vila Velha, Genibaú e outros.
Postada:Gomes Silveira
Fonte;Diário do Nordeste
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