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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Usuária de crack sofre aborto em rua de Fortaleza

“Do outro lado da linha, ao receber a notícia pela equipe do O POVO, a irmã mais velha, de 22 anos, acolhe com embargo na voz a notícia de que a irmã tinha acabado de sofrer um aborto. “Falei tanto com ela, que ela tinha que se cuidar, deixar essa vida e cuidar dessa criança”. A caçula da família, de 18 anos, usuária de crack há um ano, sofreu um aborto ontem na rua.

Sentada na calçada da esquina entre as ruas Almirante Tamandaré e José Avelino, nas proximidades do Centro Dragão do Mar, ontem, ela olhava para o feto que o corpo acabava de expelir. 

Ela foi socorrida pela equipe do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) e encaminhada ao Hospital Geral César Cals.


O aborto aconteceu por volta de meio-dia e o funcionário da Rádio O POVO/CBN, Djavan Rosa, presenciou. “Ela se agachou com a mão na barriga e pediu pra eu não olhar. Achei que ela iria urinar. Quando terminou, disse: ‘Olha, ele já estava todo formado’. Tomei um susto quando vi que era um feto”, relembra. No momento em que a equipe do O POVO chegou ao local, a jovem se negava a se identificar para a Polícia, mas acabou contando à repórter o que aconteceu.

“Eu estava sentindo dor desde ontem (segunda). Hoje repetiu a mesma dor e a vontade de mijar. Quando eu percebi, o menino saiu”, conta. Ela não sabia há quanto tempo contava a gravidez e jamais passou por uma sessão de pré-natal do primeiro filho. Fazia mais de 24 horas que não se alimentava.

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada, mas com a demora de cerca de 70 minutos, a jovem acabou sendo levada pela viatura do BPTur. No hospital, ela realizou o procedimento de curetagem (retirada do material placentário ou endometrial da cavidade uterina) e os exames de hemograma VDRL e tipagem sanguínea. Está em observação. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a paciente passa bem e poderá receber alta amanhã, a partir dos resultados dos exames.”



Postada:Gomes Silveira
Fonte:Eliomar de Lima

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