
O acréscimo salarial é ponto acordado entre a categoria e o Governo e deu fim à paralisação um mês atrás. O número foi apresentado ontem à categoria durante a primeira reunião da comissão paritária pós-paralisação. Em pauta, as reivindicações ainda não acordadas.
A soma de R$ 356 milhões não considera o impacto previdenciário e das demais reivindicações. Atualmente, 48% dos gastos governamentais são com pessoal. “Não podemos deixar ultrapassar 50%. Por isso, vamos correr atrás com eficiência, gestão, aumento da receita, desenvolvimento econômico. E pedimos (a PMs e BMs) uma tomada de consciência”, comentou Eduardo Diogo. O secretário citou ser esse o maior “aumento” dado pelo governo Cid.
Além da apresentação do impacto financeiro do acordo categoria-Governo, na reunião ficou acertado que o projeto de lei sobre o assunto será enviado na próxima semana para a Assembleia Legislativa com pedido de tramitação em caráter de urgência. Foi ainda reforçado acordo de que não haverá instauração de procedimento administrativo aos integrantes do movimento. O auxílio alimentação e a fixação de jornada de trabalho em 40 horas serão discutidos em reunião no dia 5 de março. A comissão tem 60 dias para acordar sobre todas reivindicações dos militares.
Representantes da categoria presentes à reunião não ficaram satisfeitos. “Eu achava que com esses 30 dias nós chegaríamos aqui e teríamos acesso a minutas, a projetos de lei que seriam encaminhados à Assembleia”, comentou o presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (Aspramece), Pedro Queiroz.
Já o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança Pública (Aprospec), capitão Wagner Sousa, diz-se tranquilo sobre as negociações. “Com certeza, a pauta vai ser toda atendida no transcorrer desses 90 dias”, frisou, garantindo que não haverá paralisação da categoria. “Existem 90 dias pra pauta ser resolvida”, disse.
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
Mais gastos podem representar mais cobrança do Estado para o contribuinte. Afinal, de algum lugar deve vir o dinheiro para pagamento de PMs e BMs. Independentemente da data de aprovação da lei, o Governo garantiu que o pagamento será retroativo a 1º de janeiro.
Saiba mais
Na próxima semana, o comandante da PM, coronel Werisleik Matias, que participou do encontro ontem, reúne-se com representantes da categoria para discutir a redução da jornada de trabalho.
A reunião também discutirá como deve ser o pagamento de auxílio alimentação aos PMs e BMs.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário