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terça-feira, 15 de maio de 2012

Avião de Hollande é atingido por raio quando ia a Berlim e volta a Paris


Presidente francês nada sofreu e seguiu viagem em outra aeronave.
Ele vai discutir rumo político e econômico da Europa com Angela Merkel.

O avião que levava o recém-empossado presidente da França, François Hollande, para Berlim, na Alemanha, teve de voltar a Paris nesta terça-feira (15) após ter sido atingido por um raio, segundo a presidência francesa.
Ninguém se feriu no acidente, e aparentemente a aeronave não foi danificada.

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O avião foi atingido por um raio quatro minutos depois da decolagem do aeroporto de Villacoublay, nos arredores de Paris. O comandante decidiu retornar por cautela, para proceder com as verificações técnicas.
O socialista Hollande, que tomou posse mais cedo nesta terça, ia à Alemanha para se encontrar com a chanceler Angela Merkel e negociar questões econômicas.
Hollande seguiu viagem em outra aeronave, segundo o Palácio do Eliseu. Ele deve chegar ao compromisso oficial com atraso.
O socialista François Hollande discursa ao tomar posse do governo da França nesta terça-feira (15) em Paris (Foto: AP)O socialista François Hollande discursa ao tomar posse do governo da França nesta terça-feira (15) em Paris 
 
Clima tenso
Os dois chefes de estado devem discutir nesta terça as propostas das duas maiores potências da Eurozona para reativar a economia e responder ao caos político que ameaça a permanência da Grécia no bloco.

O socialista Hollande, que quer renegociar o pacto fiscal europeu para incluir políticas de crescimento, voltou a afirmar sua vontade de "abrir uma nova via na Europa".

"Temos que pesar os problemas que devemos enfrentar: uma dívida maciça, um crescimento débil, um desemprego elevado, uma competitividade fragilizada e uma Europa que sofre para sair da crise", disse Hollande, que levará essas questões no final da tarde à Merkel, grande impulsionadora dos programas de ajuste.

Segundo analistas, os dois dirigentes deverão buscar um compromisso, e o contexto exige entendimentos, uma vez que os ajustes não têm provocado as melhoras esperadas.

A própria Merkel, cujo partido CDU sofreu no domingo uma dura derrota nas eleições regionais, admitiu ser a favor do crescimento, com a condição de evitar novas espirais de endividamento.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, deu "as boas vindas a este novo debate (sobre o crescimento) na Europa".

Segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira, na Eurozona, formada por 17 dos 27 países da União Europeia (UE), teve no primeiro trimestre de 2012 um crescimento nulo e evitou a recessão principalmente graças à resistência da economia alemã, que cresceu 0,5% com relação ao trimestre anterior e 1,7% em comparação com o mesmo período de 2011.

O PIB da Espanha teve uma queda trimestral de 0,3% e a França registrou um crescimento nulo.

No fundo da lista, está a Grécia, em recessão há cinco anos, que teve uma queda de 6,2% de seu PIB interanual e está imersa em uma grave crise após as eleições legislativas de 6 de maio, que deixaram em minoria os partidos tradicionais, partidários dos ajustes impostos pela União Europeia e pelo FMI em troca dos planos de resgate.

As últimas discussões para formar um governo de tecnocratas fracassaram e o país se encaminha para novas eleições, provavelmente em meados de junho.

O euro baixava com força após o anúncio do fracasso das negociações gregas, recuando para baixo dos 1,28 dólar pela primeira vez em quatro meses.

As bolsas europeias, que abriram em alta, passaram a recuar pela tarde.

A Grécia conseguiu, apesar de tudo, captar nesta terça-feira 1,3 bilhão de euros em emissões de bônus a três meses, apesar de ter que pagar juros em alta, que chegaram a 4,34%, frente a 4,20% na última emissão similar de 17 de abril.

A Eurozona também tem sofrido com a fragilidade de seu setor bancário. Na segunda-feira, a agência classificadora Moody's cortou a nota de 26 bancos italianos e dos quatro principais bancos espanhóis (Santander, BBVA, CaixaBank e Bankia, que se dirige para uma nacionalização parcial), anunciaram provisões extraordinárias por um total de 11,3 bilhões de euros.

O governo espanhol se comprometeu a acelerar uma avaliação independente do banco em menos de dois meses, para o que pediu a colaboração do Banco Central Europeu (BCE).

Merkel e Hollande também terão que acertar sua diferenças quanto ao papel do Banco Central Europeu (BCE) nas políticas de estímulo e sobre os prazos de retiro das tropas da Otan do Afeganistão.

Postada:Gomes Silveira
Fonte:G1

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