Madalena Os trabalhadores rurais deste Município, a 180km de Fortaleza, continuam ocupando a sede administrativa da Prefeitura desde a última terça-feira. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Leônidas dos Santos, a desocupação só deve ocorrer após a decretação de estado de emergência e do encontro com representantes do Governo do Estado e do Governo Federal, nesta sexta-feira.
As lideranças do movimento estimam a adesão de mais de 400 agricultores à ocupação do prédio público. Mas, praticamente o dobro deve estar presente na reunião de amanhã.
O líder da categoria assegurou não haver atos de vandalismo. Todavia, Leônidas dos Santos criticou o posicionamento adotado pela gestão municipal. Segundo ele, o prefeito Wilson de Pinho chegou a acionar a Polícia Militar para enfrentar os trabalhadores, mas acabaram recuando. "Nossa manifestação é pacífica. Queremos apenas assegurar condições dignas de sobrevivência para quem tem fome e sede", acrescenta o sindicalista.
As lideranças do movimento estimam a adesão de mais de 400 agricultores à ocupação do prédio público. Mas, praticamente o dobro deve estar presente na reunião de amanhã.
O líder da categoria assegurou não haver atos de vandalismo. Todavia, Leônidas dos Santos criticou o posicionamento adotado pela gestão municipal. Segundo ele, o prefeito Wilson de Pinho chegou a acionar a Polícia Militar para enfrentar os trabalhadores, mas acabaram recuando. "Nossa manifestação é pacífica. Queremos apenas assegurar condições dignas de sobrevivência para quem tem fome e sede", acrescenta o sindicalista.
A expectativa dos agricultores era a decretação de estado de emergência no Município. Após conversa por telefone com o líder sindicalista, o prefeito Wilson de Pinho informou o atendimento à solicitação, na tarde de ontem. Também se comprometeu em fornecer alimentação para os manifestantes até hoje. No mais, o gestor municipal demonstrou preocupação com a baixa pluviometria na região.
Caso não chova logo, a situação deve se agravar ainda mais. Na opinião dele, apenas a sede e as comunidades na área do assentamento 25 de Maio sofrerão menos. O Açude Umari, responsável pelo abastecimento da cidade, está com boa carga, com mais de 12 milhões de metros cúbicos. O reservatório de Quieto, no assentamento, também está com bom volume.
A situação de Quixeramobim é mais tranquila. Após negociarem diretamente com o prefeito Edmilson Júnior, os manifestantes desocuparam as dependências do Paço Municipal, na tarde de terça-feira.
Conforme o coordenador do Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec), Marcos Machado, na manhã de hoje, o chefe do Poder Executivo local deverá decretar estado de emergência. O próximo passo será o reconhecimento da Defesa Civil Nacional. Os levantamentos georreferenciais, com constatação da situação real, por meio de fotos, foram iniciados logo após o acordo entre os manifestantes e o prefeito. Os 11 distritos estavam sendo visitados.
Além do registro das perdas de lavouras, na sua totalidade, em decorrência da falta de chuvas, o abastecimento de água para consumo humano, feitos por carros-pipa, também estava no mapeamento. Mais 28 comunidades aguardam a assistência emergencial. A avaliação da Defesa Civil Nacional deve sair dentro de dez dias, de acordo com o coordenador do Comdec.
Nos outros Municípios da região, a situação é praticamente a mesma, de acordo com a coordenadora de Política de Mulheres no núcleo da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece) em Quixadá, Suely Paz André. Representantes de classe, das 14 cidades assistidas pelo escritório local vão se reunir nesta sexta-feira para discutirem quais medidas vão adotar.
ALEX PIMENTELCOLABORADOR
Os trabalhadores rurais dizem que só saem da Prefeitura de Madalena quando o Município decretar estado de emergência diante da seca FOTO: FÁBIO SOUSA
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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