Servidores se reuniram na Câmara Municipal de Fortaleza
Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (9), em frente à Câmara Municipal de Fortaleza, os servidores municipais decidiram pela manutenção da greve. A Prefeitura havia sugerido a paralisação do movimento até a próxima segunda-feira (13), quando as negociações teriam avanços.
Uma comissão formada por 11 vereadores, integrantes da base da prefeita e da base da oposição, se reuniu com representantes de 19 sindicatos dos servidores municipais. A presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), Narcélia Silva, disse que somente os procuradores, os professores e os médicos não se encontram em estado de greve.
Os representantes dos sindicatos aproveitaram a reunião com a comissão para repudiar a ameaça da prefeita Luizianne Lins em demitir servidores em estado probatório. Segundo os representantes, a lei permite que essa categoria de servidor exerça o direito à greve. Os sindicatos reivindicam um reajuste salarial de 10% (antes o índice era de 20%), sendo 3% retroativo a janeiro e 7% a partir de maio.
Os sindicatos reivindicam ainda melhores condições de trabalho. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde e Endemias no Estado do Ceará (Sinace), Luís Cláudio Celestino de Sousa, a categoria sequer recebe fardamento para exercer suas atividades. “O que acontece é que, muitas vezes, os agentes são impedidos de entrar nas casas, porque as pessoas não confiam que eles realmente sejam agentes de saúde”, ressaltou o dirigente do Sinace.
Já os servidores da Usina de Asfalto denunciam a falta de matérias para suas atividades. Segundo os servidores, falta cimento e também não há brita. Outro problema da categoria é que quase todos os 300 funcionários estão com idades acima dos 55 anos.
Plácido: Prefeitura não acena para negociação
Para o líder da oposição na Câmara Municipal e também presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Saúde de Fortaleza (Sintsaf), vereador Plácido Filho (PDT), a Prefeitura não acena para uma negociação. “Estabeleceu o reajuste em 3,1% e pronto”, criticou.
Já o líder da prefeita na Câmara Municipal, vereador Ronivaldo Maia (PT), destacou os avanços das categorias nos sete anos de gestão Luizianne Lins e disse que “Fortaleza nunca antes teve uma administração tão boa”.
Uma nova reunião entre os vereadores e sindicalistas está marcada para as 15 horas desta quinta-feira.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Matéria extraida do Blog Eliomar de Lima
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